Mulheres relatam assédio sexual em vagões femininos da SuperVia no RJ | Rio das Ostras Jornal

Mulheres relatam assédio sexual em vagões femininos da SuperVia no RJ

Mulheres relatam serem vítimas de assédio dentro
de trem no RJ — Foto: Reprodução / Tv Globo
Homens foram vistos ejaculando em espaço que deveria ser protegido. Em 2018, a SuperVia registrou 15 ocorrências no sistema ferroviário.
Mulheres denunciam a falta de fiscalização nos vagões femininos da SuperVia e relatam abusos num espaço que deveria ser protegido. Em casos diferentes, elas contam que viram homens se masturbando dentro do trem. Em 2018, a SuperVia registrou 15 ocorrências de denúncia de assédio sexual no sistema ferroviário.
Uma passageira reclama que um homem ejaculou na roupa dela, no trem do ramal de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Uma segunda mulher contou, em denúncia feita para o Bom Dia Rio, que também viu um homem ejaculando dentro do trem, no ramal Saracuruna, na Baixada Fluminense.
De acordo com a lei, existe um carro exclusivo para o sexo feminino em cada trem, entre 6h e 9h e das 17h às 20h. A passageira Mariana Assis reclama do descaso e falta de fiscalização. Ela também presenciou um homem ejaculando dentro do trem nas estações Triagem e Maracanã.
"É uma coisa tão nojenta, violenta, tão surreal que a única coisa que consegui fazer foi tirar essa foto e sair correndo para outro vagão ao abrir a porta na estação", disse mariana.
Lei do vagão feminino
A Lei Estadual 7.250/16, que garante vagões exclusivos para mulheres no Sistema Ferroviário e Metroviário do Rio, foi regulamentada pelo governo do estado em agosto de 2017.
De acordo com a regulamentação, caberá à Polícia Militar fazer a fiscalização, e os infratores serão notificados da primeira vez, ficando sujeitos a multa a partir da segunda infração. O valor da multa chega R$ 1.190, variando em caso de reincidência.
As exceções à norma são crianças do sexo masculino menores de 12 anos, homens que sejam portadores de necessidades especiais ou que estejam acompanhando mulheres portadoras de necessidades especiais, agentes de segurança das concessionárias de transporte e policiais fardados.
O que diz a SuperVia
A SuperVia não foi comunicada sobre os casos citados pelas passageiras. Em situações de assédio, quando os agentes de segurança são avisados pelas vítimas no momento do ocorrido, os funcionários acionam a Polícia Militar para as medidas cabíveis.
A concessionária repudia casos de desrespeito às mulheres e cumpre as medidas que visam protegê-las, previstas na Lei Estadual 7.250/16, como a disponibilização de um carro exclusivo para elas em cada trem, entre 6h e 9h e das 17h às 20h. A comunicação visual conta com adesivos e cartazes nas portas e interior dos carros.
O que diz a Polícia Militar
A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informa que o Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer) atua para coibir a presença de indivíduos do sexo masculino em composições destinadas às mulheres de maneira permanente, realizando ações rotineiras nos trens e metrôs do Rio de Janeiro.
Após identificar um certo aumento na recorrência dos casos, o comando intensificou essas ações nos últimos meses. Em cada abordagem, as equipes retiram em média 50 homens das composições nos horários determinados para o cumprimento da presença feminina exclusiva. Eventuais conduções de suspeitos ocorrem em situação de flagrante ou quando a possível vítima opta pelo registro formal de ocorrência.
Por Bom Dia Rio

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