Ruínas do
Atalaia são estruturas construídas no período que
vai do final
do século XVIII ao início do século XIX. Foto: Rui Porto Filho
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O Parque
Atalaia reúne fauna e flora incríveis e que atraem visitantes o ano inteiro.
Mas uma novidade promete aumentar o interesse de quem aprecia a natureza em sua
essência. O coordenador de visitações do parque, Vicente Klonowski, descobriu
ruínas na região do bosque, construídas, possivelmente, por escravos no período
que vai do final do século XVIII ao início do século XIX. A descoberta cumpre
procedimento de averiguação arqueológica, mas já pode ser visitada por nova
trilha, que passa a compor como mais uma opção de passeio.
A trilha das
Ruínas, como foi batizada, passa por quatro estruturas, em uma hora de
caminhada.
"Na trilha, três ruínas são visíveis e uma quarta é um achado arqueológico. Uma dessas estruturas desmoronadas já era conhecida. Elas precisam ser conhecidas", afirmou Vicente.
Para a formação das ruínas foram utilizados blocos menores de rocha fazendo o ajuste com pedras maiores. As menores rodeiam as maiores completamente. O cimento utilizado para a feitura dessas construções era composto de óleo de cana, fezes de animais e argila.
Segundo a historiadora e professora da Faculdade de Ciências e Letras de Macaé (Fafima), Conceição Franco, essas ruínas realmente são do final do século XVIII e início do século XIX.
“Foi grande a importância dessa região para o processo de colonização e assentamento de colonizadores”, diz, acrescentando que as estruturas foram feitas para contenção.
Fazenda São Manuel do Atalaia
Para entender melhor o contexto de edificação das ruínas é preciso saber que, entre os anos de 1798 e 1807, havia no local, conhecido como Freguesia de Nossa Senhora das Neves, seis fazendas significativas, que impulsionaram o processo de ocupação da área, posteriormente gerando o município de Macaé.
A historiadora Conceição Franco ressalta que as fazendas promoveram o crescimento de Macaé em seus primórdios. Uma delas é a Fazenda do Atalaia, de propriedade de Manoel Ferreira Maia. Seu nome era Fazenda São Manoel do Atalaia.
Durante todo o século XIX essa fazenda teve duas participações importantes para o município e para a região. A primeira contribuição foi produzir café, açúcar e aguardente, além de produtos alimentícios, para abastecer a província do Rio de Janeiro. A segunda colaboração para o desenvolvimento do município, já no período republicano, foi a implementação de serviço de saneamento básico. “A fazenda do Atalaia foi a principal fornecedora de água potável para Macaé, a partir de 1893”, comenta Conceição.
As outras cinco fazendas que impulsionaram a colonização de Macaé foram: do Frade, de Manoel José Costa M., do Capitão José Lopes de Araújo, do Lírio, de propriedade de Bernardo José Ferreira Rabelo e da Aduela, de Josefa de Figueiredo.
Projeto 'Caminhos das Águas'
Para valorizar as ruínas do Parque Atalaia e dezenas de bens históricos da Região Serrana, através de ações ecológicas, turísticas e culturais, Vicente Klonowski, Conceição Franco e o gestor ambiental e fotógrafo Rogério Peccioli, estão em vias de promover o projeto “Caminhos das Águas”.
A ideia é que haja guias turísticos em pontos estratégicos, culturais e históricos. Também há a necessidade da instalação de placas de orientação aos visitantes. Os locais são: as ruínas (Parque Atalaia), Ponte do Baião (Bicuda), Usina Hidrelétrica (Glicério), Quilombo de Carucango (pé do Rio Macabu) e outros.
Quem se interessar em conhecer o Parque Atalaia é só comparecer ao local entre 9h e 16h, de quarta-feira a domingo. Fica na estrada Macaé – Glicério, antes do distrito de Córrego do Ouro, seguindo sinalização. Para grupos acima de 15 pessoas, é necessário agendar pelo e-mail agendamento.atalaia@gmail.com.
"Na trilha, três ruínas são visíveis e uma quarta é um achado arqueológico. Uma dessas estruturas desmoronadas já era conhecida. Elas precisam ser conhecidas", afirmou Vicente.
Para a formação das ruínas foram utilizados blocos menores de rocha fazendo o ajuste com pedras maiores. As menores rodeiam as maiores completamente. O cimento utilizado para a feitura dessas construções era composto de óleo de cana, fezes de animais e argila.
Segundo a historiadora e professora da Faculdade de Ciências e Letras de Macaé (Fafima), Conceição Franco, essas ruínas realmente são do final do século XVIII e início do século XIX.
“Foi grande a importância dessa região para o processo de colonização e assentamento de colonizadores”, diz, acrescentando que as estruturas foram feitas para contenção.
Fazenda São Manuel do Atalaia
Para entender melhor o contexto de edificação das ruínas é preciso saber que, entre os anos de 1798 e 1807, havia no local, conhecido como Freguesia de Nossa Senhora das Neves, seis fazendas significativas, que impulsionaram o processo de ocupação da área, posteriormente gerando o município de Macaé.
A historiadora Conceição Franco ressalta que as fazendas promoveram o crescimento de Macaé em seus primórdios. Uma delas é a Fazenda do Atalaia, de propriedade de Manoel Ferreira Maia. Seu nome era Fazenda São Manoel do Atalaia.
Durante todo o século XIX essa fazenda teve duas participações importantes para o município e para a região. A primeira contribuição foi produzir café, açúcar e aguardente, além de produtos alimentícios, para abastecer a província do Rio de Janeiro. A segunda colaboração para o desenvolvimento do município, já no período republicano, foi a implementação de serviço de saneamento básico. “A fazenda do Atalaia foi a principal fornecedora de água potável para Macaé, a partir de 1893”, comenta Conceição.
As outras cinco fazendas que impulsionaram a colonização de Macaé foram: do Frade, de Manoel José Costa M., do Capitão José Lopes de Araújo, do Lírio, de propriedade de Bernardo José Ferreira Rabelo e da Aduela, de Josefa de Figueiredo.
Projeto 'Caminhos das Águas'
Para valorizar as ruínas do Parque Atalaia e dezenas de bens históricos da Região Serrana, através de ações ecológicas, turísticas e culturais, Vicente Klonowski, Conceição Franco e o gestor ambiental e fotógrafo Rogério Peccioli, estão em vias de promover o projeto “Caminhos das Águas”.
A ideia é que haja guias turísticos em pontos estratégicos, culturais e históricos. Também há a necessidade da instalação de placas de orientação aos visitantes. Os locais são: as ruínas (Parque Atalaia), Ponte do Baião (Bicuda), Usina Hidrelétrica (Glicério), Quilombo de Carucango (pé do Rio Macabu) e outros.
Quem se interessar em conhecer o Parque Atalaia é só comparecer ao local entre 9h e 16h, de quarta-feira a domingo. Fica na estrada Macaé – Glicério, antes do distrito de Córrego do Ouro, seguindo sinalização. Para grupos acima de 15 pessoas, é necessário agendar pelo e-mail agendamento.atalaia@gmail.com.
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