Presidente
sul-coreano, Moon Jae-in, levará convite do vizinho ao pontífice na próxima
semana.
O líder
da Coreia do Norte, Kim Jong-un, vai convidar o Papa Franciscopara uma visita a
Pyongyang. O convite será entregue pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in,
que fará uma viagem pela Europa na próxima semana.
A informação
foi divulgada nesta terça-feira (9) pelo porta-voz oficial da Coreia do Sul,
Kim Eui-kyeom, enquanto anunciava a excursão pela Europa de Moon Jae-in, que
inclui uma parada no Vaticano.
"O
presidente Moon sugeriu que o presidente Kim se reunisse com o Papa, destacando
que ele estava muito interessado na paz na península coreana", afirmou o
porta-voz, em declarações reproduzidas pela mídia local.
Kim
"disse que daria boas-vindas ao papa se ele visitar Pyongyang".
O Vaticano
disse em um comunicado que o Papa receberá Moon ao meio-dia do dia 17 de
outubro. Um dia antes, na Basílica de São Pedro, o cardeal Pietro Parolin,
secretário de Estado do Vaticano e segundo em comando de Francisco, rezará uma
"Missa pela Paz" na península coreana. Moon assistirá à missa,
informou o Vaticano.
Moon e Kim se
reuniram três vezes neste ano, a última ocasião, em Pyongyang, no mês
passado.
O porta-voz
acrescentou que durante o encontro com o Papa, o presidente sul-coreano buscará
o apoio do Vaticano em favor da paz e da estabilidade na península coreana.
Relação
entre Coreia do Norte e Vaticano
A Coreia do
Norte e o Vaticano não têm relações diplomáticas formais. O convite ao Papa é o
primeiro de um líder da Coreia do Norte desde 2000.
Embora o
encontro anterior, proposto pelo pai de Kim, Kim Jong Il, jamais tenha se
materializado, o plano para uma visita de Francisco é a iniciativa diplomática
mais recente de Pyongyang neste ano.
O Papa
Francisco já transmitiu mensagens de apoio ao diálogo entre as duas
Coreias e na histórica cúpula, em junho, entre o líder norte-coreano e
o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Embora as ações
de Kim desde então tenham ficado aquém das exigências de Washington, o governo
Trump está se preparando para uma segunda cúpula.
Religião na
Coreia do Norte
A liberdade
religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as
atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibida por fora
das estruturas oficiais, segundo a France Presse.
No começo do
século XX, antes da divisão da península, Pyongyang era um importante centro
religioso, com numerosas igrejas e uma comunidade cristã que era chamada de
"Jerusalém da Ásia".
No entanto, o
fundador do regime e avô do atual líder, Kim Il Sung, considerava a religião
cristã uma ameaça contra seu reino autoritário e a erradicou com execuções e
trabalhos forçados nos campos.
Desde então, o
regime norte-coreano autorizou as organizações católicas a desenvolver projetos
de ajuda em seu território, mas não tem relações diretas com o Vaticano.
Em sua visita à
Coreia do Sul em 2014, o papa Francisco fez uma missa especial em Seul dedicada
à reunificação coreana.
Por G1
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