A partir dos dados registrados pelas unidades operacionais do CBMERJ, foi possível desenvolver uma análise epidemiológica e geográfica dos acidentes. Foto Angel Morote |
Publicação Vidas em Trânsito analisa o perfil dos eventos e das
vítimas atendidas pela corporação em 2017
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ)
divulgou um raio-X dos eventos de trânsito envolvendo vítimas socorridas pela
corporação em 2017. A publicação Vidas em Trânsito, disponível no site da
instituição, tem como base os atendimentos pré-hospitalares realizados no
território fluminense envolvendo veículos terrestres.
A partir dos dados registrados pelas unidades operacionais do CBMERJ,
foi possível desenvolver uma análise epidemiológica e geográfica dos acidentes,
traçando o perfil das ocorrências e das vítimas de cada região.
- A riqueza de informações coletadas permite produzir diagnósticos e
conhecer as relações multifatoriais de causalidade das lesões e mortes
decorrentes de acidentes de trânsito no Estado. Com esta iniciativa, o Corpo de
Bombeiros do Rio amplia a abrangência de sua atuação, vai além da assistência
imediata às vítimas e fornece informações que podem ser usadas para basear e
fortalecer estratégias de prevenção - afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil
e comandante-geral do CBMERJ, coronel Roberto Robadey Jr.
Vidas em Trânsito
Os homens - especialmente os jovens - foram as vítimas mais numerosas
Estado em 2017. Na faixa etária de 20 a 29 anos, por exemplo, três de cada
quatro socorridos pelo CBMERJ eram do sexo masculino. A incidência foi 324%
maior do que entre as mulheres da mesma idade. Campeões em acidentes, eles
também foram os que se envolveram nos casos de maior complexidade e gravidade.
Apesar da predominância masculina adulta, de forma geral, o relatório
chama a atenção para a prevalência de acidentes envolvendo bicicletas, entre as
crianças, e os atropelamentos, entre os idosos.
As motocicletas apareceram como meio de locomoção campeão em vítimas
atendidas (47,7%), seguidas dos automóveis (28,9%), dos atropelamentos (11,7%)
e das bicicletas (6,9%). Apenas 2,8% das pessoas socorridas estavam em ônibus,
1,2% em caminhões e 1% em vans.
- Embora as motos só representassem 16,7% da frota do Estado, foram
responsáveis por quase metade dos socorros a vítimas registrados 2017. Os
eventos de colisão envolveram 24.516 pessoas, a maioria delas (66,3%) contra
anteparos ou outros veículos. Quedas representaram 33,7% dos casos. Já os
automóveis, que correspondem a 68,2% da frota, foram registrados como meio de
transporte de menos de 1/3 dos atendidos - explicou o comandante.
Os membros inferiores (34%) e superiores (31,6%) foram as partes mais
afetadas dentre as lesões causadas, seguidos da cabeça - crânio (10,1%) e face
(11,7%). Os eventos que geraram maior número de traumas graves foram os
atropelamentos; o menor número diz respeito a vítimas socorridas em
ônibus.
- Pedestres são mais vulneráveis a traumas múltiplos, lesões graves e
mortes. As vítimas ficam desprotegidas e expostas ao impacto direto do veículo
- complementou Robadey.
Dos 1.236 óbitos constatados na cena do socorro, 35,5% envolviam
condutores ou tripulantes de motocicletas, 33,9% ocupantes de automóveis e 20%
de pedestres. Os outros 10,6% contabilizam outros perfis.
Dispositivos de segurança
O relatório aponta que apenas 44,7% dos acidentados em automóveis
usavam o cinto de segurança. Entre os motociclistas, a utilização do capacete
foi registrada em 63% dos casos. O assento infantil só foi percebido em 34,6%
dos socorros envolvendo crianças de zero a sete anos.
- É fundamental ressaltar a importância dos dispositivos de segurança
obrigatórios. É fácil observar: quanto maior a proteção, menor a lesão. Nossos
registros mostram, por exemplo, que apenas 25,3% das vítimas graves de
acidentes de carro, com risco iminente de vida, estavam de cinto. Dentre os que
saíram ilesos, 69,9% usavam o equipamento de proteção. O mesmo padrão é notado
entre os motociclistas. Nas fatalidades, mais da metade não usava capacete.
Entre as vítimas leves, o uso do acessório foi registrado em 75,5% dos casos -
destacou o oficial.
Para acessar a
publicação: (http://cbmerj.rj.gov.br/images/VIDAS_EM_TRANSITO_2017_2018.pdf).
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