Pais também
afirmam que o aprendizado dos alunos está comprometido e que até as crianças
fazem o trabalho dos profissionais que saíram.
Profissionais
da Educação e pais de alunos em Silva Jardim, no interior do Rio, reclamam de
uma situação que está interferindo no aprendizado dos alunos e na rotina de
trabalho de professores. Segundo os profissionais, por causa da falta de
funcionários, além de ensinar, os professores estão fazendo tarefas de limpeza
e até merenda.
Os pais também
afirmam que o aprendizado dos alunos está sendo prejudicado e que até as
crianças estariam fazendo o trabalho dos profissionais que saíram.
"Segundo o
que ela [minha filha] me falou, quando acaba a aula, os professores pedem aos
alunos pra ajudarem na limpeza do colégio porque não tem ninguém pra limpar. E,
segundo minha filha falou, as professoras que estão fazendo a merenda do
colégio", disse Eginaldo Ferreira, pai de uma das alunas.
Além da falta
de funcionários nas unidades, as reclamações também se estendem para o
transporte público. Daniel Gonçalves tem apenas 8 anos e já tem muitas
reclamacões.
"Não
tem ônibus, a gente entra 12h30 pra sair 14h30. Queria ficar em casa. Vem pra
escola e não tem merenda", reclamou o menino.
A dona de casa
Genilse Mineiro Xavier também se queixou da falta de aula por causa da redução
de funcionários. Segundo ela, os filhos estão há quatro dias sem aula.
Por meio de um
áudio, uma professora que não quis se identificar confirmou: em vez de apenas
ensinar, teve que assumir outras funcões.
"Nós
professores tivemos que ir pra cozinha pra fazer desjejum, limpeza, varrer,
passar pano. [Isso é uma] Falta de respeito comigo, como professora, mas
principalmente com o aluno que está sendo prejudicado", disse a
professora.
De acordo com a
Prefeitura de Silva Jardim, o contrato com a empresa que prestava serviços à
Secretaria de Educação chegou ao fim e foi encerrado dentro do prazo previsto
pela lei de licitações. Mas, como a Prefeitura passa por uma reforma
administrativa, não sabe quando ou se irá contratar outra empresa.
O município
alegou que houve redução nos repasses de royalties. Este ano, o município
esperava receber R$ 33 milhões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas até
agora foram repassados R$ 19 milhões.
A Prefeitura
informou ainda que a Secretaria de Educação está estudando alternativas para
solucionar a situação. Mas que, enquanto isso, os alunos não vão ser
prejudicados e os serviços não vão deixar de ser prestados porque a Prefeitura
tem funcionários efetivos que podem ser remanejados.
Porém, não é
essa a situação encontrada no Centro Educacional Adail Maria Tinoco, onde a
rotina dos estudantes também foi afetada.
"Nossas
crianças ficam saindo cedo, perdendo matéria. Depois, na hora de passar dever
no quadro, a gente sabe que o professor faz as cobranças e as crianças não têm
tempo pra recuperar a matéria", disse Maurícia Leite mãe de aluno.
Quanto às
reclamações dos professores, a Prefeitura disse que não tem conhecimento de que
os profissionais estariam assumindo atividades de limpeza e merenda. Disse
ainda que isso se configuraria desvio de função e fere o estatuto do servidor.
O município
informou que, caso receba denúncias, irá apurar todas elas.
Por RJ Inter TV2 — Região dos
Lagos
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