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Guardia Civil
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Pouco mais de
dois anos após matar e esquartejar dois tios e dois primos, o brasileiro
François Patrick Nogueira Gouveia começou a ser julgado nesta quarta-feira (24)
em Guadalajara, no centro da Espanha. Conhecido como "o esquartejador de
Pioz", o jovem pode ser condenado à prisão perpétua.
Gouveia, de 21
anos, é acusado de matar o tio e a tia e os dois filhos deles na cidade de
Pioz, próxima de Guadalajara, em agosto de 2016. Ele está preso há dois anos,
depois de ter se entregado à polícia, confessando os crimes.
O julgamento
deve durar uma semana, com depoimentos de Gouveia, de dezenas de testemunhas,
além de investigadores e legistas. O jovem, descrito pelas autoridades
espanholas como psicopata, manipulador e egocêntrico, será o primeiro a
falar.
Assassinato
e esquartejamento
Para a polícia
espanhola, ele confessou ter assassinado primeiramente a tia, Janaína Santos
Américo, de 39 anos, e seus dois filhos, de 1 e 4 anos. No momento do crime,
Marcos Campos, de 40 anos, tio de Gouveia, não estava em casa. Mas o
assassino-confesso afirmou ter esperado a chegada de Campos para matá-lo
também.
Os adultos
foram esquartejados e os pedaços dos corpos foram colocados em sacolas
plásticas. Depois, Gouveia teve o cuidado de limpar a casa, onde os restos
mortais das vítimas foram encontrados um mês depois, devido ao odor nos
arredores da residência.
Enquanto
cometia os crimes, Gouveia trocou mensagens por WhatsApp com um amigo no
Brasil, Marvin Henriques, a quem "pedia conselhos, relatava o que estava
fazendo e enviava fotografias dos cadáveres, recebendo por parte de seu
interlocutor mensagens de incentivo", afirma um documento judicial da
Espanha. Henriques está em liberdade provisória e aguarda o julgamento como
cúmplice dos assassinatos no estado da Paraíba, de onde também é a família de Gouveia.
O brasileiro
fugiu em 20 de setembro para João Pessoa (PB). Mas, no dia 19 de outubro,
retornou à Espanha onde se entregou voluntariamente, convencido por sua família
de que era melhor ser condenado na Espanha que no Brasil.
Pena máxima
Pelos assassinatos
das duas crianças, a Promotoria pede a pena de prisão perpétua com
possibilidade de revisão, a punição máxima na Espanha, que estabelece que o
julgamento deve ser revisto após o cumprimento de 25 anos de prisão.
Além disso, a
Promotoria pede 20 anos de prisão pelo assassinato de cada adulto. O casal
acolheu o jovem quando ele chegou à Espanha em março de 2016 sonhando com a
carreira de jogador de futebol.
Como
Gouveia confessou ter sentido uma "vontade irrefreável de
assassinar", a defesa tentará reduzir a condenação, com a alegação de
"transtorno mental transitório" e o atenuante da confissão.
(Com
informações da AFP)
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