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Uelder Ferreira/Getty
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Os 13
candidatos à Presidência da República declararam ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) ter arrecadado R$ 143 milhões. Desse montante, R$ 92,7 milhões
são recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento da Campanha (FEFC), o
que representa 64,8% do total. Até o momento, o candidato Cabo Daciolo (Patri)
não declarou movimentação financeira à Justiça Eleitoral.
Os candidatos
têm prazo de 72 horas para informar à Justiça Eleitoral as doações recebidas
para financiamento da campanha. Nesta quinta-feira (13), os partidos e os
candidatos devem fazer a prestação de contas parcial da movimentação financeira
ocorrida do início da campanha até o último sábado (8). Segundo o
TSE, a ausência de informações sobre doação financeira recebida ou gasto contratado
será examinada no julgamento da prestação de contas de cada candidato.
Pelo Artigo 29,
da Lei 9054/1997, "a inobservância do prazo para encaminhamento das
prestações de contas impede a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar".
A legislação prevê ainda que eventuais dívidas de campanha poderão ser
assumidas pelo partido do candidato.
Maior
arrecadação
Segundo dados
disponíveis no portal do TSE, o tucano Geraldo Alckmin foi o presidenciável que
informou maior arrecadação até este momento: R$ 46,3 milhões, sendo 97,9% do
Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O candidato declarou despesas de
R$ 9,4 milhões, boa parte com impressão de material (R$ 7,2 milhões) e
transporte (R$ 1,3 milhão).
O candidato
Henrique Meirelles (MDB) faz questão de dizer que está financiando pessoalmente
a sua campanha. Meirelles declarou ter destinado R$ 45 milhões para a
eleição presidencial, bem como despesas de R$ 39,1 milhões. Mais da metade
desse total - R$ 24,7 milhões - foi gasto na produção dos programas de rádio e
televisão, além de R$ 5,3 milhões para a criação e inclusão de páginas na
internet.
De acordo com o
PT, a campanha presidencial recebeu R$ 20,6 milhões, sendo R$ 20 milhões do
fundo especial. O restante foi de financiamento coletivo. O partido, que ainda
não tem candidato a presidente homologado pela Justiça Eleitoral, informou ao
TSE ter gasto cerca de R$ 19,8 milhões, sendo R$ 14,5 milhões na
produção dos programas para o horário gratuito.
A campanha
petista destinou R$ 900 mil para o escritório Aragão & Ferraro Advogados
Associados que faz a defesa da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Horário
eleitoral
O candidato
Ciro Gomes (PDT) declarou ter arrecadado pouco mais de R$ 10 milhões,
quase a totalidade do fundo especial. Cerca de R$ 53.649 é de financiamento
coletivo. O PDT declarou despesas de R$ 1,4 milhão, sendo R$ 1,3 milhão para
impressão de material de campanha e confecção de adesivos.
Segundo a Rede,
a campanha de Marina Silva recebeu R$ 6,1 milhões - 87% do FEFC - e gastou
pouco mais de R$ 1,8 milhão, especialmente na produção dos programas do horário
eleitoral.
O candidato
Guilherme Boulos (PSOL) arrecadou quase R$ 6 milhões - 99,7% do FEFC - e gastou
R$ 2,4 milhões, principalmente com pagamento de serviços de advocacia e
assessoria, além da produção dos programas de rádio e televisão.
A campanha de
Alvaro Dias (Podemos) disse ter recebido R$ 5,1 milhões: 62% do fundo
especial. Mais R$ 1,9 milhão foi doado por pessoas físicas, incluindo o
candidato ao Senado na coligação de Dias, Oriovisto Guimarães, empresário do
setor de ensino que destinou R$ 1,7 milhão para a campanha presidencial. Dias
informou despesas da ordem de R$ 5 milhões - valor aplicado especialmente na
produção do horário eleitoral gratuito e nos deslocamentos pelo país.
Financiamento
coletivo
O candidato
João Amoêdo (Novo) dispensou os recursos públicos para a campanha. Amoêdo
informou ao TSE uma arrecadação de R$ 1,3 milhão de doações de pessoas físicas
e financiamento coletivo, além de despesas de R$ 172.698, especialmente com
impressão de material. José Maria Eymael (DC) declarou ter recebido
R$ 828 mil e gasto R$ 42 mil com serviços de contabilidade.
A campanha de
Jair Bolsonaro (PSL) informou ao TSE uma arrecadação de R$ 685.611, sendo R$
334.044 repassados pelo partido e R$ 332.867 de financiamento coletivo. O
candidato declarou despesas contratadas em valor superior ao arrecadado até
este momento - R$ 825.683. Uma fatia desse montante destina-se ao pagamento de
serviços de terceiros (R$ 347.500) e à produção do programa eleitoral (R$
240.000).
Os dados
disponíveis no portal do TSE mostram que o candidato João Goulart Filho (PPL)
arrecadou R$ 431.800 e aplicou R$ 320.380 na campanha eleitoral. A candidata
Vera Lúcia (PSTU) recebeu R$ 401.835 - 99,5% do fundo especial. Até o
momento a candidata disse ter gasto R$ 30.440.
Luiza Damé -
Repórter da Agência Brasil
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