Homem é
acusado pela execução de cinco jovens em um condomínio
de Maricá —
Foto: Facebook/Reprodução | Arquivo Pessoal
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João Paulo
Firmino já estava em um presídio e foi novamente citado na Operação Gerais,
desencadeada nesta segunda-feira (24).
A polícia
cumpriu nesta segunda-feira (24) mais um mandado de prisão contra João Paulo
Firmino, acusado de ser o autor da chacina
de cinco jovens em março de 2018 no Condomínio Carlos Marighella,
em Itaipuaçu, em Maricá (RJ).
Ele já havia
sido preso
em abril e permanece na unidade prisional. João Paulo foi
novamente citado nas investigações do Ministério Público do Estado do Rio de
janeiro que desencadearam a Operação Gerais, que prendeu 18 pessoas nesta
segunda em Maricá e em São Gonçalo.
De acordo com
as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG),
os jovens mortos no condomínio do programa Minha Casa Minha Vida foram
obrigados a deitar no chão para serem executados. Eles faziam parte de um grupo
de dança em Itaipuaçu, de acordo com parentes.
"Mandaram
deitar e atiraram nas cabeças. Foi execução. Não houve nem resistência nem
tentativa de fuga. Todos os tiros partiram de uma arma só, pois havia projéteis
de uma mesma arma deflagrados no local", disse a delegada Bárbara Lomba.
As vítimas
foram Sávio de Oliveira, de 20 anos; Matheus Bittencourt, de 18; Marco Jhonata,
de 17; Matheus Baraúna, de 16; e Patrick da Silva Diniz.
Milicianos são
presos suspeitos de chacina em Maricá
João Paulo
Firmino está preso desde abril
A Policia Civil
e o MP-RJ buscam cumprir, ao todo, 24 mandados de prisão na Operação Gerais com
o objetivo de desarticular milícias que atuam nas duas cidades da Região
Metropolitana do Rio. A investigação apurou que a arrecadação mensal da
organização criminosa girava em torno de R$ 100 mil por mês, podendo chegar a
R$ 1,2 milhão ao ano.
Segundo as
investigações, João Paulo Firmino faz parte da milícia liderada por Wainer, que
também tinha entre seus integrantes Francisco Ribeiro Soares Junior, Vulgo
Chicão; Luiz Carlos Pereira de Melo, vulgo Russo; e Lucas dos Santos Costa,
vulgo Luquinha.
Durante a
Operação Gerais, uma das equipes enfrentou intenso tiroteio em Itaboraí, onde
há um braço armado de um dos núcleos paramilitares. Não há informações sobre
feridos.
Estão na
mira da força-tarefa três grupos distintos:
- O chefiado por Anderson Cabral Pereira, o Sassa, em
Porto Velho, Porto Novo e Pontal, em São Gonçalo; Sassa já estava preso;
- O de Luis Claudio Freires da Silva, o Zado, em
Engenho Pequeno e Zumbi, em São Gonçalo; Zado foi preso esta manhã.
- O comandado por Wainer Teixeira Júnior, em
Itaipuaçu e Inoã, em Maricá. Wainer já estava preso.
Os criminosos
são suspeitos de cometer dezenas de homicídios nas duas cidades, em disputas
por território e na cobrança de serviços. A polícia também investiga se as
quadrilhas contam com o apoio de PMs do 7º BPM (São Gonçalo).
Os grupos
impõem segurança privada e controlam o transporte por van, pontos de televisão
clandestina e a venda de botijões de gás de cozinha, além de obrigar a
comercialização de cigarros clandestinos.
As
investigações apontam que algumas ordens partem de dentro do Complexo
Penitenciário de Bangu, mais precisamente da Cadeia Pública Bandeira Stampa,
Bangu 9.
A operação é
conduzida pela Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí e pelo
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ.
Polícia e MP
realizam operação contra milícia na região metropolitana do Rio
Homicídios
levaram à quadrilha
De acordo com a
delegada Bárbara Lomba, titular da unidade, as investigações tiveram início em
janeiro deste ano a partir de informações de inquéritos de homicídios na área
de Neves, em São Gonçalo. A apuração levou os investigadores a Felipe Raoni da
Silva, conhecido como Mineirinho, apontado como o autor dos crimes.
Com base em
interceptações telefônicas autorizadas pela justiça, o núcleo de inteligência
da especializada constatou que Mineirinho prestava serviço para dois dos grupos
criminosos.
Os paramilitares
ingressavam no território a partir do assassinatos de traficantes de drogas ou
assaltantes e assumiam o domínio do local alegando que iriam trazer paz e
tranquilidade a comerciantes e moradores.
Após assumirem
o controle do território, o que chamavam de “ganho de chão”, os milicianos
faziam o “aumento da folha" iniciando a cobrança de "taxa de
segurança". Os valores eram cobrados de acordo com o tipo de negócio,
podendo chegar até R$12 mil por estabelecimento.
Em alguns
casos, os milicianos expulsavam familiares de rivais tomando os imóveis para a
organização criminosa. Além das extorsões e a cobrança das "taxas de
segurança" os criminosos exploravam ilegalmente os serviços de gás e TV a
cabo.
Por G1 — Região dos Lagos
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