Governador ainda garantiu que vai vetar a emenda aprovada pela Alerj
proibindo a privatização da Cedae. Ele também afirmou que a participação do
Governo Federal na segurança do Rio era necessária.
Pezão não garante o pagamento
de 13º salário aos servidores. — Foto:
Fernando Frazão/ Agência Brasil Pezão não garante o pagamento de 13º
salário aos servidores. — Foto: Fernando
Frazão/ Agência Brasil
Pezão não garante o pagamento de 13º salário aos servidores. — Foto:
Fernando Frazão/ Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), disse que
ainda não pode garantir o pagamento do 13º salário dos servidores deste ano. A
afirmação foi feita no programa CBN Rio. Segundo ele, é possível que tenha
condições de pagar, mas fez a ressalva que a situação precisa ser atualizada
"mês a mês".
"Ainda não tenho data. Dependo dessa arrecadação do Plano de
Recuperação Fiscal. Não vou criar essa expectativa no servidor. Eu acho que
temos condições de pagar, mas é mês a mês. Este ano, já pagamos 10 folhas e
meia devido ao plano. Eu tenho muita esperança e estou trabalhando muito para
pagarmos o 13º e sairmos com tudo em dia. Eu me dedico a isso".
Venda da Cedae
Durante a entrevista, o governador garantiu que irá vetar a emenda
aprovada nesta terça-feira (18) pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
proibindo a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Cedae).
Pezão afirmou que voltará ao Supremo Tribunal Federal para garantir a venda da
companhia.
"Se eles insistirem nisso, o problema é da Assembleia. Eu vou ao
Supremo de novo. Até dia 31 de dezembro farei de tudo para defender o plano de
recuperação. Não vou iludir o servidor público dizendo que é possível fazer
gestão do Estado sem o Regime de Recuperação Fiscal’".
Intervenção federal
O governador afirmou não ter passado a responsabilidade pela segurança
pública do estado para o Governo Federal.
"Eu não passei a responsabilidade – esse é um dever do Governo
Federal. O Rio de Janeiro é cortado por várias rodovias federais. Desde a
intervenção, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está fazendo um trabalho
extraordinário. Antes (da intervenção) era uma peneira, havia vários postos
abandonados. No entorno do Rio, há rodovias como a Rio-Santos e Rio-São Paulo,
além de áreas como as baías de Guanabara e da Ilha Grande. Eu não posso colocar
a Polícia Militar na Dutra ou a Polícia Civil na Ponte Rio-Niterói. Se o
governo federal não apoiar, já vimos o que acontece".
Ele disse ter uma boa expectativa quanto ao que a intervenção deixará
para o Estado.
"Estou otimista. Temos R$ 400 milhões para renovar toda a frota e
fazer a compra de tecnologia e materiais de inteligência. Contratamos mais
policiais militares e civis. Também quero aumentar o número de
papiloscopistas".
Afastamento
O governador foi questionado sobre o fato de ter sido pouco visto nos
últimos tempos, mesmo durante o período eleitoral, quando sua presença também
não tem sido muito notada.
"Eu tenho trabalhado muito para deixar o Estado em dia e feito
muitas reuniões. O que me pedem, eu faço. Estou me dedicando muito às contas do
Estado, quero deixar o Estado pronto", afirmou o governador, dizendo
considerar Eduardo Paes o mais preparado para substituí-lo.
Ele também falou sobre os planos para após o fim de seu mandato e se
pretende, no futuro, voltar a concorrer a algum cargo eletivo.
"Quero descansar e cuidar da minha saúde. Não sei se vou voltar a
concorrer - não gosto dessa modalidade de financiamento, que permite uma
renovação muito pequena no quadro político - essa lei do fundo partidário
beneficia demais quem já está no poder e a classe política foi desacreditada
por todos, tanto que, nesses eleições, haverá muitos votos brancos e
nulos".
Por G1 Rio
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