sexta-feira, setembro 07, 2018

Desfile da Independência é marcado por homenagens a agentes mortos em operações da intervenção federal

Desfile cívico-militar é marcado por homenagens a agentes mortos
 durante a intervenção federal - Rafael Nascimento / Agência O Dia

Nomes de policiais mortos foram lidos por parentes nesta sexta-feira
Rio - O Dia da Independência do Brasil, comemorado nesta sexta-feira, dia 7 de setembro, foi marcado por homenagens a agentes de segurança mortos desde o início da intervenção federal e também por manifestações políticas de diversas ideologias, com cartazes e faixas. Nomes dos policiais mortos neste ano foram lidos por parentes e amigos, que também soltaram balões. 
Rogéria Quaresma, presidente da associação de esposas e familiares "Somos Todos Sangue Azul", disse que o objetivo do ato é chamar atenção das autoridades para a segurança dos policiais. "Essa é a primeira vez que prestamos uma homenagem no 7 de setembro. Estávamos aqui para chamar a atenção das autoridades para quem trabalha na segurança pública do Rio". 
O movimento existe há três anos, mas a associação só foi fundada no ano passado. "Queremos visibilidade para o PM. Soltamos 400 balões para representar os PMs mortos em 2018 e os agentes que ficaram feridos em alguma ação policial. Aqui temos viúvas, viúvos, pais, mães de policiais vitimados”, disse a representante.
Muitos pais aproveitaram o dia de sol para levar seus filhos ao tradicional desfile cívico-militar, que aconteceu na Avenida Presidente Vargas, no Centro. A professora infantil Daniele Macedo Silva, de 30 anos, saiu de Campo Grande às 7h para acompanhar a parada de 7 de setembro. 
"Era a minha vontade, desde criança, vir e trazer os meus filhos. Embarcamos no trem e estamos aqui para acompanhar o desfile", disse a professora, que estava acompanhada pelos dois filhos e o sobrinho. "Desde cedo é importante lembrar a nossa história. Espero que o futuro do país seja melhor que o que estamos vivendo", completou. 
Aeronaves militares fizeram um desfile aéreo. Na abertura das atividades, ocorreu o acendimento da pira com o fogo simbólico da pátria, que traduz o sentimento cívico dos brasileiros e, com o seu calor, brilho e esplendor, aquece os mais nobres sentimentos de amor ao Brasil. 
O ministro-chefe da Casa Civil, Carlos Marun, esteve no local e foi ovacionado por quem estava no local. Uma pequena confusão se formou quando alguns apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passaram e gritaram “Lula, livre”. Apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL) começaram a gritar e vaiar os adeptos a candidata do petista.
Por RAFAEL NASCIMENTO

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