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REUTERS/Marcos Brindicci Ativistas vestidas de
"The
Handmaid's Tale" participam de protesto a favor
da
legalização do aborto em Buenos Aires
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Perspectivas
para a aprovação de um projeto de lei que legalizaria o aborto na Argentina
diminuíram durante o final de semana, quando uma senadora de oposição disse ter
mudado de opinião e que votará contra a medida quando o assunto for levado ao
plenário na quarta-feira.
A proposta, que
ampliaria os direitos ao aborto permitido segundo a lei atual somente em casos
de estupro ou quando a saúde da mãe está em risco, foi aprovada na Câmara dos
Deputados no mês passado com 129 votos contra 125.
Desde então,
ativistas religiosos, especialmente em partes rurais da Argentina, têm
pressionado contra a medida, que é apoiada por feministas e grupos de direitos
humanos estimulados nos últimos anos por esforços para acabar com a violência
contra as mulheres.
A lei tornaria
a Argentina o terceiro país da América Latina a legalizar amplamente o aborto,
depois do Uruguai e de Cuba.
A mudança de
opinião da senadora Silvina García Larraburu leva a 37 a estimativa de votos
contrários, representando a maioria no Senado de 72 membros da Argentina.
Aliada da
ex-presidente Cristina Kirchner, García Larraburu acusou o presidente Mauricio
Macri de usar o debate sobre o aborto como uma distração para a economia
instável do país, uma acusação que o governo Macri nega.
Kirchner pode
concorrer à presidência no próximo ano, quando acredita-se que Macri irá tentar
a reeleição.
García
Larraburu disse a mídia local que sua mudança de opinião "também tem a ver
com minhas convicções mais intimas".
O projeto de
lei, que permitira o aborto até as primeiras 14 semanas de gravidez, pode ser
alterado pelo Senado e enviado de volta à Câmara dos Deputados.
Por Hugh
Bronstein
Reuters
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