Pezão
durante a cerimônia de posse na Alerj
(Foto:
Reprodução/TV Globo)
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Publicação
da data ocorreu no último dia 19. Autores alegam que arquivamento não pode ser
decidido exclusivamente pelo presidente da Casa.
O Órgão
Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) marcou para o dia 5 de março o
julgamento que define se a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
deve votar um dos pedidos de impeachment contra o governador Luiz Fernando
Pezão (PMDB) e o vice, Francisco Dornelles (PP).
Na sessão, os
juízes vão decidir se acolhem a ação que pede para o impeachment ser votado
pela Mesa Diretora da Alerj. O rito normal indica que a mesa mande o tema para
o plenário ou o arquive. De acordo com a ação, entretanto, se a mesa pedir o
arquivamento do impeachment, ele deve mesmo assim ser submetido ao plenário —
com todos os 70 deputados.
O julgamento
foi marcado no último dia 19. O G1 pediu um posicionamento ao
governador, mas ele informou que não vai comentar o assunto através de sua
assessoria de imprensa.
Ao todo,
foram mais
de dez pedidos de impedimento contra Pezão — dentre os autores,
PSOL, PSDB e Muspe. Oito deles foram arquivados pela presidência da Assembleia,
que na época ainda era ocupada por Jorge Picciani (PMDB), afastado do comando
da Casa depois de ser preso na Operação
"Cadeia Velha".
Os autores do
pedido que será julgado no TJ são membros da bancada do PSOL. Conforme a ação,
o regimento da Alerj estabelece que a presidência da Casa não pode tomar a
decisão de forma monocrática, e que é preciso recorrer à Mesa Diretora. Fazem
parte da Mesa 12 deputados, quase todos da base aliada do governador.
"Não se
pode admitir que a Mesa Diretora do Parlamento Estadual continue atuando de
forma monárquica, sem transparência, sem prestar contas a ninguém, descumprindo
ritos regimentais claros", diz um trecho da ação.
TJ
determinou instalação de CPI
Recentemente, a
oposição na Alerj obteve outra vitória na Justiça. O próprio Tribunal de
Justiça determinou, em dezembro, que fosse instalada
a CPI dos Transportes, após uma disputa judicial. A Comissão
Parlamentar obteve, inicialmente, as assinaturas para começar as investigações.
No entanto,
seis dos apoiadores retiraram as assinaturas com corretor líquido. A Justiça,
no entanto, compreendeu que os nomes não poderiam ter sido retirados e
determinou o início dos trabalhos em 48 horas. Setenta dias depois, enfim,
a CPI
dos Transportes se reuniu pela primeira vez.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
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