Cevilha foi
filmada com o bebê no colo saindo do Conic,
em junho
(Foto: PMDF/Divulgação)
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Cevilha Moreira
foi sentenciada por subtração de incapaz e falsificação de documento, e deve
cumprir pena no semiaberto. Em junho, ela foi filmada levando bebê; defesa vai
recorrer.
Cevilha
Moreira, condenada por roubar bebê no centro de Brasília, em junho de 2017
(Foto: Reprodução/Polícia Civil) Cevilha Moreira, condenada por roubar bebê no
centro de Brasília, em junho de 2017 (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
Cevilha
Moreira, condenada por roubar bebê no centro de Brasília, em junho de 2017
(Foto: Reprodução/Polícia Civil)
A 1ª Vara
Criminal de Brasília condenou, nesta sexta-feira (3), a 2 anos e 6 meses de
reclusão, a mulher acusada de "roubar" um bebê de 3 meses no Conic,
na área central de Brasília, em junho deste ano. Cevilha Moreira dos Santos, de
44 anos, foi considerada culpada pelos crimes de subtração de incapaz e
falsificação de documento público.
A sentença
também prevê pagamento de 15 dias-multas, e estabelece que a pena seja cumprida
em regime inicial semiaberto. O advogado de Cevilha, Gilson dos Santos, disse
ao G1 que vai recorrer da sentença. A mulher está presa na Penitenciária
Feminina, a Colmeia, desde o dia 11 de agosto.
Após o crime, a
mãe da criança contou à PM que Cevilha ofereceu uma oportunidade de emprego a
ela. As duas foram até uma agência de emprego no Conic e, enquanto a vítima
fazia um exame para a suposta vaga, a mulher fugiu com o bebê.
Um vídeo da
câmera de segurança interna do prédio revela o momento em que a mãe do bebê e a
sequestradora se identificam para entrar na agência (veja vídeo abaixo).
Sequestro de
bebê no Conic, no Setor Comercial Sul, em Brasília
Cevilha foi
encontrada em Planaltina de Goiás cerca de sete horas depois de ter levado a
criança. A Polícia Militar de Goiás resgatou o bebê e o devolveu para a mãe
biológica que mora em Sobradinho, no DF. A mulher foi levada para a Cadeia
Pública de Planaltina de Goiás (GO) e transferida para o DF em agosto.
Em julho, a
defesa chegou a pedir a revogação da prisão preventiva sob o argumento que a
mulher praticou o crime durante "surto psicótico".
Parentes da
vítima disseram que Cevilha teria frequentado a casa da mãe do bebê durante uma
semana. Segundo informações de um tio da criança, a suspeita entregou uma cesta
básica no valor de R$150 para a família dele.
O crime de
"subtração de incapaz" é diferente do crime de "sequestro",
no Código Penal. Em geral, considera-se que no primeiro caso há a intenção do
criminoso em assumir a guarda daquela criança ou adolescente. Já no sequestro
ou no cárcere privado, o foco é na retirada da liberdade da vítima.
Certidão falsa
Em junho deste
ano, o delegado Cristiomário Medeiros, que conduziu as investigações em Goiás,
afirmou que Cevilha portava uma certidão de nascimento falsa em nome de outra
criança. O delegado disse acreditar que a mulher queria ficar com o bebê para
si, já que aparece como mãe da criança no documento (veja abaixo).
Mulher suspeita
de sequestrar bebê no DF portava certidão de nascimento falsificada (Foto:
Polícia Civil/Reprodução) Mulher suspeita de sequestrar bebê no DF portava
certidão de nascimento falsificada (Foto: Polícia Civil/Reprodução)
O namorado de
Cevilha contou à Polícia Civil de Goiás que a mulher dizia estar grávida de uma
menina, e que o casal tinha montado um quarto de bebê em casa.
*sob supervisão
de Maria Helena Martinho
Por Bianca
Marinho*, G1 DF
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