© Fotos: Ed
Ferreira e André Dusek/Estadão, Reuters e Janine
MOraes/Agência
Câmara Da esquerda para a direita: Eduardo
Cunha,
Geddel Vieira Lima, Henrique Alves e Rodrigo Rocha Loures.
|
Depois de a Câmara dos Deputados
barrar a análise no Supremo
Tribunal Federal da denúncia da Procuradoria-Geral da República
contra o presidente Michel Temer e
os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral
da Presidência), o ministro Edson
Fachin, da Corte máxima, decidiu desmembrar a denúncia para que tramite
na primeira instância.
Fachin decidiu enviar ao
juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a
parte da denúncia pelo crime de organização criminosa que se refere ao restante
do núcleo político do PMDB da Câmara -- o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-ministro Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA), o ex-assessor especial da presidência Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR).
Moro é o responsável pela condução
da Lava Jato na primeira instância. "Diversos integrantes da apontada
única organização criminosa foram processados e, inclusive, já sentenciados
pelo Juízo da 13.ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba", disse
Fachin, ao justificar o envio a Moro.
Já a parte da denúncia que é pelo
crime de obstrução à investigação de organização criminosa, com relação a
Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, será encaminhada à Justiça Federal em
Brasília.
Temer havia sido denunciado junto
com os três. Também serão encaminhados para investigação em Brasília, em
relação a este caso, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e Rodrigo
Rocha Loures, que não chegaram a ser denunciados pela Procuradoria-Geral da
República em setembro.
Para Fachin, a necessidade de
prévia autorização da Câmara dos Deputados para processar o presidente da
República e ministros de Estado "não se comunica" aos outros réus.
Em outro aspecto importante da
decisão, Fachin decidiu que as prisões preventivas decretadas contra Joesley
Batista e Ricardo Saud deverão ficar a partir de agora sob a análise do juiz
Sérgio Moro. E que as prisões preventivas de Lúcio Bolonha Funaro, Eduardo
Cosentino da Cunha e Roberta Funaro Yoshimoto, no âmbito da Operação Patmos,
ficará submetidas à Justiça Federal do Distrito Federal.
Ao concluir, Fachin diz que
deverão seguir formalmente investigados no Supremo apenas o presidente Michel
Temer, o ministro Eliseu Padilha e o ministro Moreira Franco.
"Diante da negativa de
autorização por parte da Câmara dos Deputados para o prosseguimento da denúncia
formulada em desfavor do Presidente da República e dos aludidos Ministros de
Estado, o presente feito deverá permanecer suspenso enquanto durar o mandato
presidencial e as investiduras nos respectivos cargos", decidiu o ministro
do STF.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!