Facebook, Twitter e Google veem influência da Rússia em eleições nos EUA | Rio das Ostras Jornal

Facebook, Twitter e Google veem influência da Rússia em eleições nos EUA

Stretch, do Facebook; Edgett, do Twitter; e Salgado,
do Google, testemunham no Senado americano na
terça (31) (Foto: Reuters/Jonathan Ernst )
Em depoimento no Senado, executivo do Facebook disse que empresa ligada ao Kremlin produziu cerca de 80 mil publicações na rede social que chegaram a 126 milhões de pessoas.
Diretores de Facebook, Twitter e Google reconheceram nesta terça-feira (31) no Senado dos Estados Unidos que o número de contas ligadas a sites de propaganda russos alcançou nas eleições de 2016 um número maior do que tinham antecipado.
No início de uma audiência no comitê judicial do Senado, os líderes das três companhias destacaram os esforços de grupos ligados ao Kremlin para influenciar no resultado das eleições de 2016 e dividir a sociedade americana com anúncios e conteúdos polêmicos.
"Quando se trata das eleições de 2016, quero ser muito claro. A influência estrangeira que vimos é censurável e degradante e abre um novo campo de batalha para a nossa empresa, a nossa indústria e a nossa sociedade", afirmou o conselheiro-geral do Facebook, Colin Stretch.
"Agentes estrangeiros, escondidos por trás de contas falsas, abusaram da nossa plataforma e de outros serviços de internet para tentar semear divisão e discórdia, e para tentar minar o nosso processo eleitoral. É um ataque à democracia e viola todos os nossos valores", acrescentou Stretch.
Em depoimento por escrito entregue ao comitê, Stretch deu detalhes sobre o alcance da propaganda russa durante as eleições e confirmou que a empresa Internet Research Agency, ligada ao Kremlin, criou 120 páginas no Facebook que produziram cerca de 80 mil publicações entre janeiro de 2015 e agosto de 2017, ou seja, muito antes e depois das eleições presidenciais, realizadas em novembro de 2016.
Alcance
Essas publicações apareciam automaticamente na linha do tempo do Facebook de alguns usuários e chegaram a alcançar 29 milhões de americanos. Uma vez compartilhadas, chegavam a um total de 126 milhões de pessoas.
Os conteúdos destas publicações eram relacionados a questões raciais, religiosas, ao direito ao porte de armas e à orientação sexual e de gênero.
Por sua vez, o conselheiro-geral interino do Twitter, Sean Edgett, explicou que sua companhia descobriu e fechou 2.752 contas vinculadas à Internet Research Agency, que promove as posições do governo russo nas redes sociais, portais de vídeo e jornais na internet.
"O abuso da nossa plataforma por parte de sofisticados agentes estrangeiros, patrocinados por Estados estrangeiros, para tentar manipular as eleições é um novo desafio para nós, e um no qual estamos decididos a atuar", destacou Edgett aos senadores.
Já o diretor do Google para segurança da informação, Richard Salgado, afirmou que sua empresa encontrou duas contas ligadas a um grupo russo que gastou US$ 4,7 mil em anúncios durante a campanha.
A empresa, dona do YouTube, também encontrou 18 canais de vídeo na plataforma, nos quais havia aproximadamente 1.100 vídeos com 43 horas de material político e que acumularam milhares de visualizações nos EUA entre junho de 2015 e novembro de 2016, segundo Salgado.
Os depoimentos desta terça, nos quais as companhias reconhecem um maior impacto da Rússia, representam uma mudança em relação às posições anteriores de Facebook, Google e Twitter.
Pouco depois das eleições, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, minimizou a importância da ideia de que a propaganda divulgada em sua rede social interferiu nas eleições.
Nos últimos meses, um número crescente de legisladores expressou preocupação pelo poder que Facebook, Google e Twitter têm sobre a opinião pública.

Por Agencia EFE
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