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Junior/Estadão - 28/10/2010 No último leilão de pré-sal,
governo vendeu seis das oito áreas de petróleo
da Bacias de
Santos e
Campos ofertadas
|
Diante do ágio médio superior a 200% alcançado no
leilão de pré-sal na última sexta-feira, o governo elevou a estimativa de arrecadação com as seis áreas
vendidas. As projeções passaram de R$ 400 bilhões para R$ 600 bilhões em
royalties, imposto de renda e, principalmente, na parcela da produção de óleo
que será repassada pelas empresas à União.
“Teve gente
dizendo que o leilão não arrecadou o previsto porque só se olhou o bônus de
assinatura. Mas a arrecadação total mostra que (o retorno) será
avassaladoramente superior. (O leilão) foi um sucesso mais que estrondoso”,
afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, após participar de evento da Fundação
Getulio Vargas (FGV).
A afirmação de
que o resultado do leilão ficou abaixo da expectativa partiu do ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles. Na sexta-feira, ele avaliou que “existem leilões
que dão um resultado um pouquinho melhor e outros que dão um resultado pior” e
que o desempenho das rodadas de pré-sal ficou “R$ 1 bilhão abaixo do esperado”.
Em sua
avaliação, Meirelles considerou o bônus de assinatura pago pelas empresas
petroleiras – o total seria de R$ 7,75 bilhões se as oito áreas oferecidas
tivessem sido vendidas, mas o valor ficou em R$ 6,15 bilhões, porque não houve
interessados em duas áreas.
Partilha. Nos leilões de pré-sal, que segue o modelo de partilha de produção, o critério de definição do vencedor, no entanto, não é o pagamento imediato do bônus, definido previamente em edital, mas o compromisso de repasse da maior parcela de lucro para a União.
Partilha. Nos leilões de pré-sal, que segue o modelo de partilha de produção, o critério de definição do vencedor, no entanto, não é o pagamento imediato do bônus, definido previamente em edital, mas o compromisso de repasse da maior parcela de lucro para a União.
Nas profundezas
do oceano: Em outubro de 2006, a Petrobrás anunciou a descoberta de uma jazida
de petróleo na Bacia de Santos, um produto leve, com maior valor no mercado. A
reserva, que fica 5 mil quilômetros abaixo do nível do mar, era vista como uma
promessa de prosperidade, capaz de produzir até 1 bilhão de barris. A
exploração, no entanto, só começaria dois anos depois. Na época, as cotações do
petróleo estavam em cerca de US$ 60 e as ações da estatal, na faixa dos R$ 15.
Clique aqui e veja mais.
Em outubro de
2006, a Petrobrás anunciou a descoberta de uma jazida de petróleo na Bacia de
Santos, um produto leve, com maior valor no mercado. A reserva, que fica 5 mil
quilômetros abaixo do nível do mar, era vista como uma promessa de
prosperidade, capaz de produzir até 1 bilhão de barris. A exploração, no
entanto, só começaria dois anos depois. Na época, as cotações do petróleo
estavam em cerca de US$ 60 e as ações da estatal, na faixa dos R$ 15. Clique
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Segundo a ANP,
os R$ 600 bilhões que vão ser arrecadados nas seis áreas leiloadas começarão a
entrar no caixa do governo a partir do início da produção, o que deve acontecer
no prazo de cinco a sete anos. Na prática, significa que os ganhos aparecerão a
partir de 2022 e vão durar até 2054.
Se o leilão
seguisse os mesmos critérios usados para vender pós-sal, os ganhos para o
governo seriam praticamente imediatos, porém, seriam menores no longo prazo.
Com a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, o governo
arrecadou R$ 15 bilhões em bônus de assinatura.
Mas, para o
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o modelo de partilha da
produção, adotado no último leilão “se mostrou bastante proveitoso e exitoso”.
Ainda assim, ele afirma que um amplo debate acontecerá no Congresso para
avaliar se esse é realmente o melhor modelo a ser adotado para o pré-sal.
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