© GABRIELA
BILO/ ESTADAO O ar condicionado superou o
chuveiro e
tornou-se o maior vilão do setor elétrico
em gastos de energia
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BRASÍLIA - O
líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
disse neste domingo que "há uma tendência" de o governo manter o
horário de verão, apesar de estudos feitos pelo Ministério de Minas e Energia
(MME) mostrarem que essa política pública não proporciona economia de energia.
“Fizemos uma
avaliação sobre o horário de verão. Há tendência para que se mantenha, até por
fazer parte da cultura do brasileiro, que já incorporou isso, e por prudência”,
admitiu o parlamentar ao deixar reunião no Palácio do Jaburu, neste domingo,
com ministros de governo e o presidente Michel Temer.
Ele disse que
ainda será tomada uma decisão sobre o assunto, mas que todos os presentes na
reunião avaliaram melhor manter a prática de adiantar uma hora nos relógios.
“Isso será decidido por Temer e pelo ministro da pasta”, afirmou.
O assunto tem
dividido opiniões nas redes sociais. O governo passou a discutir a aplicação do
horário de verão neste ano porque análises do MME mostraram que a mudança nos
hábitos do consumidor e o avanço da tecnologia tornaram inócua a economia de
energia que o horário de verão proporcionava.
A explicação é
que não é mais a incidência de luz natural que influencia os hábitos do
consumidor, mas, a temperatura. A popularização dos aparelhos de
ar-condicionado é uma das principais razões dessa mudança.
Como o calor é
mais intenso no fim da manhã e início da tarde, os picos de consumo de energia
são registrados atualmente nesse período. Os dados do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS) apontam que o horário de pico ocorre entre 14h e 15h, e
não mais entre 17h e 20h, quando os trabalhadores retornavam para casa e
tomavam banho.
Para dar mais
folga e segurança ao sistema, adiantar os relógios em uma hora permitia, por
exemplo, adiar o acionamento da iluminação pública nas ruas. Em 2016, o horário
de verão durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema,
custo considerado irrelevante para o setor. A primeira vez que o País o adotou
foi em 1931. Desde 1985, ele foi aplicado todos os anos. Se vigorar neste ano,
o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro.
Além de
Aguinaldo Ribeiro, trataram do assunto os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antonio Imbassahy
(Secretaria de Governo). OS líderes do governo no Senado, senador Romero Jucá
(PMDB-RR), e na Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), também estiveram
presentes.
Estadão
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