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presidente da República, Michel Temer
(PMDB), que foi denunciado por Janot
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O
presidente Michel Temer (PMDB) classificou
de “marcha irresponsável” a apresentação de uma segunda denúncia pelo
procurador-geral da República, Rodrigo
Janot e afirmou que ele tenta encobrir suas falhas, a necessidade
urgente de investigação sobre pessoas que integraram sua equipe – referência ao
ex-procurador Marcelo Miller – e as graves suspeitas que fragilizam as delações
que serviram de base para a acusação.
“[Janot] Finge
não ver os problemas de falta de credibilidade de testemunhas, a ausência de
nexo entre as narrativas e as incoerências produzidas pela própria
investigação, apressada e açodada”, diz a nota. “Ao fazer esse movimento, tenta
criar fatos para encobrir a necessidade urgente de investigação sobre pessoas
que integraram sua equipe e em relação às quais há indícios consistentes de
terem direcionado delações e, portanto, as investigações”, continua o documento
distribuído pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da
República.
A nota também
fala de “delação fraudada” e afirma que “embustes, ardis e falcatruas passaram
a ser a regra”. “Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo
em seu trabalho, por incompetência ou incúria, coloca em risco o instituto da
delação premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a
delação fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram
a ser a regra para que se roube a tranquilidade institucional do país.
A assessoria da
Presidência afirma, ainda, que “a segunda denúncia é recheada de
absurdos”. “Fala de pagamentos em contas no exterior ao presidente sem
demonstrar a existência de conta do presidente em outro país. Transforma
contribuição lícita de campanha em ilícita, mistura fatos e confunde para
tentar ganhar ares de verdade. É realismo fantástico em estado puro.”
O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que
defende Temer, protocolou petição no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a Corte não
envie à Câmara dos Deputados,
por ora, a denúncia. Segundo ele, o Supremo precisa decidir primeiro sobre
uma questão de ordem anterior feita pela defesa: que nenhuma denúncia contra o
presidente feita com base na delação da JBS possa tramitar até que haja uma decisão definitiva do
tribunal sobre a validade da colaboração dos executivos da empresa, entre
eles Joesley Batista e Ricardo Saud, também denunciados por
Janot.
Mariz disse que
não discutiu a nova denúncia com Temer e preferiu não falar sobre a atuação de
Janot, que encerra a sua atuação à frente do Ministério Público Federal no
próximo domingo. “Tudo o que eu podia dizer sobre esse assunto, eu disse
ontem”, citando a sessão em que o Supremo recusou o pedido para que o
procurador-geral fosse considerado suspeito em relação ao presidente da
República.
Veja a
íntegra da nota da Presidência da República:
O
procurador-geral da República continua sua marcha irresponsável para encobrir
suas próprias falhas. Ignora deliberadamente as graves suspeitas que fragilizam
as delações sobre as quais se baseou para formular a segunda denúncia contra o
presidente da República, Michel Temer. Finge não ver os problemas de falta de
credibilidade de testemunhas, a ausência de nexo entre as narrativas e as
incoerências produzidas pela própria investigação, apressada e açodada.
Ao fazer
esse movimento, tenta criar fatos para encobrir a necessidade urgente de
investigação sobre pessoas que integraram sua equipe e em relação às quais há
indícios consistentes de terem direcionado delações e, portanto, as
investigações. Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo em seu
trabalho, por incompetência ou incúria, coloca em risco o instituto da delação
premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação
fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram a ser a
regra para que se roube a tranquilidade institucional do país.
A segunda
denúncia é recheada de absurdos. Fala de pagamentos em contas no exterior ao
presidente sem demonstrar a existência de conta do presidente em outro país.
Transforma contribuição lícita de campanha em ilícita, mistura fatos e confunde
para tentar ganhar ares de verdade. É realismo fantástico em estado puro.
O presidente
tem certeza de que, ao final de todo esse processo, prevalecerá a verdade e,
não mais, versões, fantasias e ilações. O governo poderá então se dedicar ainda
mais a enfrentar os problemas reais do Brasil.
VEJA.com
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