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Novo modelo
das bicicletas do Bike Rio terão aro menor das rodas,
serão mais leves e contarão com cesto
ajustável ao tamanho da
bagagem do
ciclista (Foto: SM2 Fotografia/Divulgação)
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Empresa que assumiu serviço
promete implementar melhorias, como a aquisição de bicicletas mais resistentes
e estações com sistema de pagamento em terminal próprio.
Com quase 2 milhões de usuários
cadastrados, o sistema de locação de bicicletas no Rio, a Bike Rio, tem deixado
a pé quem deseja pedalar pela cidade. Estações inoperantes, falha na liberação
ou devolução das bicicletas e o seu mau estado de conservação têm deteriorado a
qualidade do serviço. Enquanto procura se resguardar do vandalismo com medidas
como o recolhimento das bikes de madrugada em algumas instações, a companhia
promete melhorias para os usuários, como a troca de toda a frota.
Além de novos modelos de bike, a
empresa promete também estações com capacidade de receber mais unidades e até
um sistema de pagamento que vai aceitar o Bilhete Único - ainda sem prazo para
ser implementado.
Ainda segundo a empresa que
gerencia o serviço, os problemas são causados, principalmente, pelo alto índice
de furtos e danos às bikes e suas estações. O Bike Rio foi implantado na
capital em outubro de 2011. Atualmente, a cidade conta com 256 estações e 2,6
mil bicicletas. Desde que assumiu o serviço, em maio deste ano, a Tembici,
empresa que comprou a antiga administradora do sistema, disse que contabilizou
260 unidades vandalizadas e 41 furtadas.
“Das 260 bicicletas vandalizadas,
150 já foram recuperadas e voltaram para a operação. Além disso, 100 bicicletas
novas foram colocadas no sistema e mais 300 entrarão em operação nas próximas
duas semanas, totalizando 400 bicicletas novas”, informou a Tembici por meio de
sua assessoria de imprensa.
Dentre as 256 estações, 25 são
apontadas pela Tembici com alto índice de vandalismo. As dez com o maior número
de ocorrências são as AquaRio, Centro de Convenções, Rodoviária Novo Rio, Metrô
Praça XI e Praça Coronel Castelo Branco 13, na Região Central da cidade, e
Pontal, Lúcio Costa, Posto 9 Barra, São Conrado e Praia do Pepê, na Zona Oeste.
“Para minimizar a ocorrência, a
Tembici está recolhendo as bicicletas no período noturno e recolocando nas
estações pela manhã para evitar o roubo/vandalismo nessas estações”, destacou a
empresa. O serviço, desde que foi implementado, funciona das 6h à 0h.
Segundo a empresa, a ocorrência
grave mais comum é furto da bicicleta completa. Outros registros graves
frequentes são o roubo de bateria e modem de conexão de internet da estação.
Promessas de melhorias
A Tembici promete modernizar, nos
próximos meses, o serviço de locação de bicicletas no Rio. A principal mudança
prevista é a troca de toda a frota de bicicletas. As novas terão aro 24, ao
contrário do 26 das atuais. Com isso, segundo a empresa, a bike ficará mais
leve e fácil de manusear e atenderá a uma quantidade maior de pessoas em
relação à variação de altura dos usuários.
Ainda segundo a empresa, as peças
das novas bicicletas terão menor valor de mercado, o que pode implicar numa
diminuição do número de furtos.
O novo modelo das bicicletas
continuará contando com três velocidades de marcha. A Tembici destaca que ele
tem design mais moderno e ergonômico, cesto adaptável para o tamanho da bagagem
que não acumulam água ou sujeira, cobre-correntes para proteger a roupa do
ciclista, refletores frontais e traseiros com sistema de iluminação e
dispositivo de trava com sistema antifurto.
Novo sistema vai aceitar cartão
do transporte público
Outra grande novidade anunciada
pela Tembici é a modernização das estações das bicicletas. Com novo layout,
elas serão equipadas com painéis solares para garantir autossuficiência
energética e contarão com módulos para as bikes. Com isso, será possível
adicionar ampliar para 20 o número de vagas em cada estação – o atual modelo
tem capacidade média entre 10 e 12 vagas.
O principal destaque da nova
estação, no entanto, será uma nova interface para compra do passe e retirada da
bicicleta. Atualmente, o usuário precisa, obrigatoriamente, ter um celular em mãos
para fazer a compra do passe ou liberar a bike, seja por meio do aplicativo ou
da central de atendimento telefônico.
Com o novo sistema, o processo
poderá ser feito direto na estação. A empresa irá comercializar cartões físicos
do projeto e o usuário poderá utilizar, até mesmo, o cartão de transporte
utilizado na cidade – o RioCard ou o bilhete único. No atual sistema, a compra
do passe tem de ser feita exclusivamente por meio de cartão de crédito.
Esta mudança, segundo a Tembici,
tem como objetivo tornar mais democrática a utilização do serviço de aluguel
das bicicletas.
O aplicativo do serviço também
terá novidades. O principal destaque é a funcionalidade que permitirá consultar
a melhor rota para um destino, com informações de distância e elevação de
terreno, além de registrar as viagens por meio do GPS. O usuário poderá ainda
marcar quais são suas estações favoritas e assim consultar com mais facilidade
a disponibilidade de bicicleta ou vagas nelas.
As mudanças ainda não têm data
para serem implementadas. Segundo a Tembici, ainda está sendo realizado um
estudo interno sobre as possibilidades legais e financeiros da nova tecnologia.
Além disso, há um imbróglio
envolvendo o contrato de prestação do serviço com a Prefeitura do Rio. A
Tembici comprou a Samba Transportes Sustentáveis, que operava o serviço, cujo
contrato tem validade até o segundo semestre de 2018. Para a troca das bicicletas
e das estações, seria preciso aguardar o término do prazo ou alterar o
contrato.
O G1 pediu um posicionamento da
Prefeitura sobre a questão, mas não obteve resposta até a publicação desta
reportagem.
Por Daniel Silveira e Matheus Rodrigues, G1 Rio
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