Manifestantes
se reúnem contra o presidente da Venezuela,
Nicolas Maduro, em Caracas, na Venezuela
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31/-05/2017 (FEDERICO PARRA/AFP)
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O captagon movimenta milhares de
milhões de dólares anuais e a Síria é um de seus maiores produtores
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste domingo
que alguns dos manifestantes que saíram às ruas para protestar contra seu
governo estavam sob os efeitos do captagon,
uma droga que, segundo afirmou, “é utilizada pelo Estado Islâmico“.
“Estão usando algumas drogas que
foram e são utilizadas pelo Estado Islâmico (…) O captagon é uma droga
poderosíssima”, disse Maduro em seu programa semanal, ao lembrar que um manifestante terminou com queimaduras depois
de uma “ação temerária” na qual tentou incinerar a moto de um policial durante
um protesto.
O captagon movimenta milhares de
milhões de dólares anuais, e tudo indica que a Síria é um de seus maiores produtores, segundo a especialista
do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Angela Me. O
estimulante é conhecido como “droga dos jihadistas” por seu suposto uso por
parte dos combatentes do Estado Islâmico, apesar de a especialista ter
reconhecido que a UNODC não tem provas documentais dessas suposições.
O governante venezuelano disse
hoje que esta droga é “entregue” aos manifestantes, aos quais qualificou como
“terroristas”, para que estes cometam ações violentas “em meio ao êxtase e à
aceleração” dos protestos.
Os opositores ao governo promovem
marchas de ruas na Venezuela há 65 dias, alguns deles manchados por incidentes
violentos que deixaram até agora 65 mortos e mais de 1.000 feridos, de acordo
com números do Ministério Público.
(Com EFE)
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