Presidente
das escolas de samba do Rio se reuniram com
prefeito
Marcelo Crivella (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
|
Jorge Castanheira destacou que
prefeito não voltou atrás, mas que junto com a Liga e com as escolas de samba
estão tentando encontrar uma solução, que pode ser a redução do percentual de
corte.
O prefeito do Rio de Janeiro,
Marcelo Crivella, se reuniu, na manhã desta quarta-feira (28), com presidentes
das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval carioca e com o
representante da Liga Independente das Escolas de Samba do RJ (Liesa), para discutir
a redução do repasse de verbas para as agremiações no carnaval de 2018.
Segundo o presidente da Liga, o
prefeito se mostrou sensível à situação e ficou marcada uma nova reunião para
segunda (3) para reavaliar o percentual de corte do repasse de verbas para as
escolas. Ainda de acordo com Jorge Castanheira, o objetivo é buscar soluções
para reduzir o corte. No início do mês, Crivella anunciou que reduziria as
verbas em 50%. Na reunião, o grupo mostrou que as escolas já estão com
funcionários contratados e que isso prejudicaria muito o trabalho do carnaval.
Uma das alternativas seria, inclusive, a participação da iniciativa privativa.
"Trouxemos nossas
reivindicações porque todos já estamos com o carnaval sendo preparado e com o
orçamento previsto. A prefeitura está reavaliando os cortes e fazendo um
esforço positivo para que o carnaval tenha o mesmo brilho em 2018",
afirmou Castanheira, ressaltando que será mantido o mesmo valor de ingresso
cobrado em 2017.
No início do mês, o prefeito
anunciou a redução do repasse de verbas para as escolas. Segundo ele, cada
agremiação receberá R$ 1 milhão, metade do valor pago no carnaval desse ano,
quando cada escola recebeu R$ 2 milhões para apresentar o seu desfile na
Marquês de Sapucaí.
Também estavam presentes os secretários
de Fazenda, Obras, o Procurador Geral do Município e a Controladora Geral do
Município, que mostraram a realidade da prefeitura aos presidentes das escolas.
"O prefeito não voltou atrás,
nem de uma ida à frente. Essa foi uma primeira reunião com todas as escolas.
Estamos tentando encontrar uma solução que não pode ser o modelo do carnaval de
rua com do caderno de encargos, pois isso não se aplica. Vamos trabalhar em
conjunto", disse Castanheira, ressaltando que sabe das dificuldades que a
prefetura está enfrentando, mas que o corte de 50% iria inviabilizar o
espetáculo.
Crivella saiu do encontro sem
falar com a imprensa. O G1 entrou em contato com a Prefeitura
do Rio, mas não obteve resposta até a publicação dessa reportagem.
Na campanha, Crivella disse que
iria manter patrocínio
Quando ainda era candidato, em
agosto de 2016, Crivella disse que iria manter o patrocínio para as escolas de
samba. A afirmação de Crivella foi feita em uma das entrevistas do G1 com
os postulantes ao cargo.
A reportagem pediu ao prefeito um
posicionamento sobre a promessa de campanha, mas obteve a resposta de que ele
está em viagem oficial na Holanda. Em nota, a prefeitura informou ainda que
haverá um encontro com a Liesa no início da semana que vem.
"Juntos, estão alinhados em
estudar caminhos para que o Carnaval de 2018 seja realizado da melhor maneira
possível", diz o texto.
Na entrevista de agosto do ano
passado, o então candidato Crivella respondia a uma pergunta sobre a garantia
dos direitos das minorias.
Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!