Lixo é
flagrado nas lagoas da Zona Oeste do Rio
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Caixa d'água, sofá, monitor de
computador, muitas garrafas pet, tem de tudo na lagoa. Biólogo faz alerta sobre
risco ambiental na região.
Depois daquele temporal na semana
passada, e o rompimento de uma ecobarreira na Lagoa da Tijuca, na Barra, na
Zona Oeste do Rio, a equipe de reportagem do Bom Dia Rio retornou ao local e
constatou a persença de muito lixo no local. Caixa d'água, sofá, monitor de
computador, muitas garrafas pet, tem de tudo na lagoa. O assoreamento é tão
grande que, às vezes, não dá para passar, pois a profundidade chega a menos de
trinta centímetros.
"Existem, dentro da Lagoa da
Tijuca, 6,5 milhões de metros cúbicos de lama e lixo. Então, hoje a lagoa,
quando fica muita baixa a maré, é praticamente um canal raso cercado de ilhas
de lama e lixo. O que está se montando aqui, é uma bomba relógio, que numa
chuva concentrada nessa região pode transformar tudo isso daqui numa grande
piscina", afirmou o biólogo Mário Moscatelli.
São cinco lagoas ligadas umas às
outras e seis quilômetros quadrados de espelho d'água. E é nesse complexo que
vem parar todo o esgoto de rios da baixada de Jacarepaguá.
Com tanta poluição, não é difícil
ver muitas, mas muitas gigogas. Na ecobarreira que se rompeu na semana passada,
a sujeirada tomou conta e foi parar na praia da Barra. Quanto mais perto da
ecobarreira, fica pior. O caminho é sempre no meio do lixo. Tudo muda, a
vegetação, espécies de animais, até a cor da água.
Além de gigogas, no local é
possível encontrar capacete, colchonete, saco plástico, garrafa pet. Agora, o
que preocupa mesmo é exatamente o ponto onde a ecobarreira se rompeu na semana
passada, que foi substituída por uma corda.
"Isso aí é um risco evidente,
porque numa situação de muita chuva, e não só chuva, descendo muito resíduo, a
pressão vai ser extremamente intensa e esse cabo não vai dar conta do
recado", afirmou Moscatelli.
Quando chove, a correnteza ganha
força e leva todo esse lixo. Direto pro mar. "Quando você chove, e ainda
por cima você tem esse despejo de material associado, realmente fica
impraticável de usar a praia", afirmou.
O Instituto Estadual do Ambiente
(Inea) informou que a ecobarreira que se rompeu na semana passada passou por
reparos e agora está funcionando normalmente. O Inea afirmou ainda que o
serviço de contenção do lixo flutuante não foi interrompido em nenhum momento.
Por Bom Dia Rio
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