Jovem de 22 anos foi atingido
por um tiro no coração, segundo oposição. Nos últimos três meses, 75 pessoas
foram mortas em protestos contra Nicolas Maduro.
Um jovem morreu nesta quinta-feira
(22) em decorrência de disparos à queima-roupa da Guarda Nacional Bolivariana
(GNB) em uma nova jornada de protestos em Caracas, na Venezuela.
Um grupo de manifestantes
enfrentou funcionários da GNB (polícia militarizada) na estrada Francisco
Fajardo, a principal via de Caracas, onde foi relatada a morte do jovem David
Vallenilla, de 22 anos, além de vários feridos.
Imagens divulgadas pelas TVs
venezuelanas mostram David Vallenilla cambaleando após ser atingido por
disparos. Outros manifestantes se aproximam para socorrer o rapaz e também são
alvos de tiros. Vallenilla chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Da clínica onde o óbito foi
registrado, o médico e deputado da oposição José Manuel Olivares garantiu que a
vítima foi atingida a tiro no coração por parte de um membro da Guarda
Nacional.
Reações
O líder opositor venezuelano
Henrique Capriles divulgou nas redes sociais um vídeo em que se observa agentes
uniformizados disparando diretamente contra de um grupo de manifestantes.
"À queima-roupa. Cumprem suas
ordens ao pé da letra, Nicolás Maduro, e hoje você disse à imprensa
internacional que os seus xerifes usam água e gás lacrimogêneo", criticou
Capriles em outra mensagem.
O governo disse, de acordo com o
Bom Dia Brasil, que o sargento envolvido no incidente foi preso e vai ser
julgado.
Maduro, por sua vez, elogiou em
uma coletiva de imprensa com meios internacionais o "esforço heroico"
que, em sua opinião, estão fazendo a GNB e a estatal Polícia Nacional
Bolivariana (PNB) em seu trabalho nas marchas opositoras.
Em resposta à morte do jovem,
dirigentes da oposição convocaram os manifestantes a "trancar" as
ruas de toda a Venezuela ao meio-dia de sexta-feira (23), por duas horas.
"Que não reste uma rua,
avenida, autoestrada livre. Vamos paralisar o país", disse à imprensa o
deputado José Manuel Olivares em nome da opositora Mesa da Unidade Democrática
(MUD).
Por G1
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