O presidente
turco Tayyip Erdogan
(Foto:
REUTERS/Umit Bektas)
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Medida é contra decisão de
autoridades eleitorais de aceitarem cédulas de voto não carimbada no referendo.
O principal partido da oposição da
Turquia disse ter preenchido uma apelação em tribunal nesta sexta-feira (21)
contra uma decisão de autoridades eleitorais de aceitarem cédulas de voto não
carimbadas no acirrado referendo que garante ao presidente Tayyip Erdogan
amplos novos poderes.
Resultados preliminares do
referendo deram uma apertada aprovação de 51,4% para a maior transformação do
sistema político da Turquia desde que o Estado moderno foi estabelecido, há
quase um século, mas partidos da oposição dizem que a votação foi profundamente
falha.
Feita sob um estado de emergência
ativo desde uma tentativa fracassada de golpe em julho, a eleição foi criticada
por observadores eleitorais europeus, que dizem que a decisão de permitir que
cédulas não carimbadas fossem contadas removeram uma segurança essencial contra
fraudes na votação.
Todas as cédulas de votação
deveriam ter sido carimbadas pela autoridade eleitoral antes das votações
começarem para indicar que eram válidas.
Erdogan e ministros do governo
rejeitaram críticas de que a eleição foi politicamente motivada e o conselho
eleitoral rejeitou na quarta-feira desafios da principal oposição, o Partido
Popular Republicano (CHP) e dois outros partidos opositores.
"Estamos preenchendo uma
apelação ao conselho do Estado hoje pedindo o cancelamento da decisão do
conselho eleitoral de aceitar cédulas não carimbadas", disse o
vice-presidente do CHP, Bulent Tezcan. O conselho do Estado é o órgão judicial
que lida com reclamações e apelações contra instituições estatais e públicas.
Tezcan também disse que o CHP vai
exigir que os resultados oficiais do referendo sejam adiados até que o caso
seja resolvido. O conselho eleitoral disse no domingo que iria anunciar os
resultados finais 11 ou 12 dias após a votação.
O CHP e o partido pró-curdos HDP,
que dizem que milhões de cédulas não carimbadas foram aceitas, afirmaram também
poder apelar o resultado do referendo no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
(TEDH) caso os desafios legais fracassem em tribunais turcos.
Por Reuters
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