Palocci
responde pelos crimes de corrupção e lavagem
de dinheiro
em ação que apura se ele recebeu propina
da Odebrecht (Foto: Giuliano Gomes/ PRPress)
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Processo apura se ex-ministro
recebeu propina para atuar a favor da empreiteira.
O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, interroga, dois
ex-executivos da Odebrecht ligados ao “Setor de Operações Estruturadas”,
conhecido como o departamento da propina da empreiteira, nesta sexta-feira (7).
O ex-ministro responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
no processo.
Hilberto Mascarenhas da Silva
Filho, que comandou o “Setor de Operações Estruturadas”, deve ser ouvido a
partir das 10h. Já Luiz Eduardo da Rocha Soares, que era diretor no mesmo
departamento da empresa, será interrogado a partir das 14h. Ambos serão ouvidos
presencialmente, na Justiça Federal de Curitiba.
Na audiência em que ouviu os
primeiros réus da ação, em 31 de março, o juiz Sérgio Moro decidiu manter em sigilo o depoimento do ex-executivo
da Odebrecht Fernando Migliaccio da Silva. A decisão foi tomada porque
Silva é um dos delatores ligados à empresa, cujo depoimento ainda permanece em
sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A mesma medida pode ser adotada em
relação aos interrogatórios dos dois ex-executivos ligados ao departamento de
propina da empreiteira.
Palocci está preso desde o dia 26
de setembro do ano passado e atualmente está detido na carceragem da Polícia
Federal (PF), na capital paranaense. Ele foi ministro da Casa Civil no governo
Dilma Rousseff e ministro da Fazenda de Lula – ambos do Partido dos
Trabalhadores (PT).
Suspeita de propina
O processo apura se o ex-ministro recebeu propina para atuar em favor do
Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões
tomadas pelo governo federal. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal
(MPF), Palocci também teria participado de conversas sobre a compra de um
terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht, conforme
as denúncias.
Outras 14 pessoas são rés na mesma
ação - entre eles, Marcelo Odebrecht, ex-presidente do Grupo Odebrecht, o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor de Serviços da Petrobras,
Renato Duque.
G1 PR
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