O prefeito
de São Paulo, João Doria (PSDB)
Foto: FELIPE
RAU/ESTADÃO
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Prefeito de SP, porém, reafirmou
apoio ao nome de Alckmin; concorrer aos Bandeirantes não está nos planos, mas
também não é 'irreversível'
O prefeito de São Paulo, João
Doria (PSDB), afirmou que a determinação de não se candidatar em 2018 não é
“irreversível”. Questionado sobre a possibilidade de disputar o Planalto, ele
reafirmou o apoio ao seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB), mas não descartou concorrer caso haja desgaste dos nomes tucanos mais
cotados para a eleição. O mesmo ele disse em relação a uma candidatura ao
governo paulista.
As declarações foram dadas em
entrevista ao jornal SBT Brasil, do SBT, veiculado na noite desta
segunda-feira, 13. Na semana passada, o prefeito negou a intenção de disputar a
Presidência e declarou adesão ao nome de Alckmin, que, por sua vez, admitiu
publicamente a intenção de concorrer ao Planalto no próximo ano.
Questionado se concordava com a
frase do político mineiro Magalhães Pinto de que “política é como nuvem: você
olha, ela está de um jeito, você olha e ela está de outro”, Doria disse que
“nada é irreversível, exceto a morte”. No entanto, o prefeito que o seu
candidato é Alckmin. “Não é apenas porque nós temos uma amizade de 36 anos e
não é apenas porque ele me apoiou para a Prefeitura de São Paulo. É porque ele
é bom, é competente, é sério, é dedicado, é honesto. É um bom gestor, um quadro
excepcional do PSDB”, afirmou.
Doria disse também que defende a
realização de prévias no PSDB, tanto para a escolha do candidato à Presidência
como ao candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
O prefeito também não descartou
uma candidatura ao governo paulista já no ano que vem. Questionado sobre a
eventual disputa para os Bandeirantes, ele repetiu: “Vou usar o mesmo Magalhães
Pinto: nada é irreversível. Eu não tenho isso como planejamento, e estou
‘prefeitando’. O melhor que eu posso fazer é ser um bom prefeito”.
Na edição desta segunda-feira, 13,
o Estado mostrou que o nome de Doria ganha força entre tucanos
para concorrer ao governo – entre os apoios declarados está o do presidente da
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB).
Caixa 2. Na entrevista
ao SBT Brasil, o tucano também disse ser contra a qualquer
proposta de anistia de caixa 2 praticado em campanhas eleitorais. Questionado
sobre a ideia, afirmou que “a tese tem de ser avaliada”. “Eu não concordo com
ela (anistia), mas acho que tem de ser avaliada. Discordo do caixa
2. É preciso ter um novo formato. O formato atual e o passado (de
financiamento de campanha) não funcionam.”
Doria afirmou que o surgimento da
proposta, com o avanço da Operação Lava Jato e possíveis citações de tucanos e
peemedebistas em delações premiadas, não é uma “coincidência positiva”. “Ela (a
coincidência) torna mais vulnerável a tese (de anistia), por
isso não me filio a ela, embora eu compreenda a tese. Mas ela se torna mais
vulnerável dado o estágio avançado da Lava Jato”, disse o prefeito.
Para o tucano, denúncias de
corrupção no PT e no PSDB “são atitudes distintas”. “O PSDB não é PT. A
profundidade da corrupção do PT foi a maior montagem de quadrilha na história
política do mundo. Primeiro não há corrupção do PSDB, há suspeitas. Eu confio
no Ministério Público e confio na Justiça também. O que eu entendo é que tudo
tem de ser apurado. Aplique-se a pena”, afirmou.
Estadão
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