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Photo/Victor R. Caivano, File
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RIO - Os R$ 270 milhões resgatados
do esquema de corrupção, que, segundo o Ministério Público Federal era chefiado
pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), serão utilizados para pagar o
13.º salário atrasado dos servidores aposentados e pensionistas do Estado,
apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Cerca de 150 mil pessoas receberão o abono integralmente, com prioridade para
aqueles que recebem benefícios mais baixos.
Outros cerca de 100 mil inativos
com maiores rendimentos terão direito ao pagamento do 13.º salário
parcialmente, disse uma fonte. O Estado do Rio tem 155.971 aposentados e 92.119
pensionistas, num total de 248.090 beneficiários. Os recursos já foram
pleiteados pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB), aliado político de
Cabral.
O abono natalino foi pago no ano
passado apenas aos servidores ativos da Educação, do Ambiente, da
Procuradoria-Geral do Estado, de empresas celetistas e de outros órgãos. Esses
custearam a folha com recursos próprios, como o Departamento de Trânsito do
Estado (Detran) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Cerimônia. A cerimônia de
entrega do dinheiro recuperado pela força-tarefa da Lava Jato no Rio está
prevista para ocorrer no dia 21, conforme informou o Estado na
edição desta segunda-feira, 13. O governo fluminense, no entanto, não confirma
que haverá a reversão do dinheiro para o Rio. A Procuradoria-Geral do Estado
(PGE) não comenta o assunto, mas confirma que há uma negociação em curso.
‘Momento oportuno’. Já
a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai estudar a hipótese de
pleitear os valores recuperados pela força-tarefa do Rio “no momento oportuno”.
O dinheiro foi recuperado do esquema de pagamento de propina recolhida em obras
públicas como a construção do Arco Metropolitano, o PAC das Favelas e a reforma
do Maracanã, feitas com recursos federal e estadual.
O Rio, em meio à calamidade das
suas finanças, busca recuperar o montante antes mesmo de a ação ser julgada,
uma vez que os R$ 270 milhões vieram de um acordo de delação premiada, uma
espécie de confissão do crime. Além disso, os recursos ajudariam a pagar os
valores atrasados para aposentados e pensionistas.
O dinheiro já disponível foi
devolvido pelos irmãos Marcelo e Renato Chebar, que eram operadores de Cabral e
fecharam acordos de delação com o Ministério Público Federal no Rio. O valor
está numa conta judicial, vinculada ao processo, na Caixa Econômica Federal.
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