Vista aérea
do Parque Olímpico, cuja construção custou
1,2 bilhão
de reais (Yasuyoshi Chiba/AFP)
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Intenção inicial da Prefeitura do
Rio era que o complexo na Barra fosse concedido à iniciativa privada, mas plano
fracassou
Manter em funcionamento o Parque Olímpico da Barra custará
pelo menos 45 milhões de reais à União apenas em 2017. Esse é o valor reservado
pelo Ministério do Esporte para
gerir a principal instalação erguida para a Rio-2016. Neste domingo, o parque
sediou um evento esportivo pela segunda vez desde o fim da Paralimpíada, em
setembro do ano passado.
A União assumiu a administração da
área em dezembro, em acordo firmado pelo ex-prefeito do Rio Eduardo Paes, então em fim de mandato,
e o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ambos do PMDB. O valor
da operação não foi informado na ocasião e foi definido apenas na semana
passada. Ainda assim, poderá mudar.
“O custo é variável e dependerá do
grau de utilização que o Parque Olímpico terá em 2017”, informou a pasta. “O
ministério do Esporte está avocando 45 milhões de reais para apoiar
O planejamento desde antes da
construção do parque era outro. A intenção inicial da Prefeitura do Rio era que
o local fosse concedido para exploração da iniciativa privada. O plano surgiu
ainda em 2011, quando a atual presidente do BNDES, Maria Sílvia Bastos Marques,
assumiu o comando da Empresa Olímpica Municipal – deixaria o posto em 2014.
Encerrados os Jogos, a Prefeitura
adiou três vezes o lançamento do edital para exploração do parque. A
concorrência apresentada era de uma Parceria Público-Privada (PPP) com duração
de 25 anos. O município esperava ter de bancar, como contrapartida, 13 milhões
de reais por ano, na hipótese mais otimista. Na pior, o desembolso seria de
22,5 milhões de reais.
O plano, contudo, não deu certo.
Em dezembro, o governo municipal apontou que apenas uma empresa havia
demonstrado interesse em gerir a área, mas as garantias financeiras
apresentadas foram rejeitadas. O processo todo acabou cancelado. Sem solução, o
governo federal – responsável por aportar 1,2 bilhão de reais na construção
do parque – assumiu diretamente a gestão das Arenas Cariocas 1 e 2, do
Velódromo e do Centro Olímpico de Tênis.
Instalações – Ao mesmo
tempo em que assumiu os custos do parque, o Ministério do Esporte está tratando
de dar uma destinação prática às instalações. Fechado desde o fim dos Jogos
Paralímpicos, em setembro, o local já se deteriora pela falta de manutenção.
Neste domingo, o Centro de Tênis
sediou um evento amistoso de vôlei de praia, modalidade que nem sequer foi
disputada no Parque Olímpico durante a Olimpíada. Futuramente, é possível que
essa arena abrigue o Rio Open, competição que desde sua primeira edição, em
2014, é disputada em instalações provisórias montadas no Jockey Club, na zona
sul da cidade. A mudança, no entanto, depende de mudanças no piso – atualmente
o torneio é disputado no saibro, e o Centro de Tênis é de quadra rápida.
Ainda neste ano, o Parque Olímpico
deverá ser explorado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). A entidade está
finalizando parceria para uso das instalações com o ministério. O acordo também
deverá ser estendido ao Comitê Paralímpico Brasileiro e Comitê Brasileiro de
Clubes.
(com Estadão Conteúdo)
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