A lentidão na apuração – os votos
no país são manuais – e a indefinição no resultado revoltou parte da população
Ainda sem definição sobre um
possível segundo turno nas eleições presidenciais do Equador, o país enfrenta uma
onda de protestos e vive um clima de tensão diante da indefinição. Com 93,3%
das urnas apuradas ainda é impossível saber se o governista Lenín Moreno vai
vencer no primeiro turno ou se ele terá de enfrentar o liberal Guillermo Lasso
em uma segunda rodada de votação.
Moreno lidera a apuração com
39,17% dos votos e Lassso tem 28,39%. Pelas regras eleitorais equatorianas,
para vencer no primeiro turno um candidato deve ter mais 40% dos votos e
vantagem de mais de 10% sobre o segundo colocado. A lentidão na apuração – os
votos no país são manuais – e a indefinição no resultado revoltou parte da
população, que se dirigiu à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em
Quito, para protestar.
O órgão que concentra a apuração e
a divulgação dos resultados está sob proteção do Exército. A capital
equatoriana, assim, como outras localidades do país, também tiveram protestos.
O CNE pediu aos cidadãos que
mantenham a calma, rejeitando as atitudes violentas de algumas pessoas e
garantiu que o resultado das eleições do último domingo será divulgado “em
breve”. O presidente do CNE, Juan Pablo Pozo, em um comunicado transmitido pela
TV, lembrou que o órgão é obrigado a processar certas atas de apuração
atrasadas ou suspensas, o que resultou no atraso do anúncio dos resultados
finais.
(Com agência EFE)
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