Mulher de Cabral passa segunda noite em presídio no Rio; veja detalhes da cela | Rio das Ostras Jornal

Mulher de Cabral passa segunda noite em presídio no Rio; veja detalhes da cela

Simulação mostra cela onde Adriana Ancelmo está presa
 (Foto: Reprodução / TV Globo)
Espaço tem 6 metros quadrados, beliche, chuveiro, pia e vaso sanitário de chão. Presídio onde está Adriana Ancelmo fica a 150 metros do prédio onde Cabral está.
Ex-primeira dama Adriana Ancelmo passa a noite em cela especial
A ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, está presa no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde a última terça-feira (8). Imagens exibidas pelo Bom Dia Rio desta quinta-feira (8) mostram detalhes da cela onde ela está. O espaço tem seis metros quadrados, um beliche de alvenaria, chuveiro, pia e um vaso sanitário de chão.

Adriana Ancelmo é advogada e, por isso, está em uma cela especial. Por enquanto, ela está sozinha no presídio Joaquim Ferreira, pois há nove celas e apenas sete detentas. Ela tem direito a visitas que estejam cadastradas. O presídio onde está Adriana Anselmo fica a 150 metros do prédio onde o ex-governador, Sérgio Cabral, está preso há 21 dias. Adriana e Cabral ficam separados e há possibilidade de haver contato visual no pátio, durante o banho de sol.
Uma foto que circula em redes sociais mostra Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, com o uniforme da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Adriana se entregou na terça-feira (6) na sede da 7ª Vara. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro, havia determinado no mesmo dia a prisão preventiva dela.
A Seap informou em nota que Adriana Ancelmo passa bem e se alimentou normalmente em seu primeiro dia na prisão. Segundo a Seap, o cardápio de almoço e jantar é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa e refresco. O café da manhã é composto por pão com manteiga e café com leite. No lanche, o detento pode optar por um guaraná e pão com manteiga ou bolo.
Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral,
 com trajes de interna do sistema penitenciário
(Foto: Reprodução Whatsapp)
A decisão de prender Adriana Ancelmo aconteceu após o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro, aceitar a denúncia da Operação Calicute, do Ministério Público Federal. Por volta das 15h53 de terça-feira (6), agentes da Polícia Federal chegaram ao apartamento onde Adriana morava com Cabral, no Leblon, Zona Sul da cidade. O local logo ficou cercado por curiosos. Ela não estava lá, mas agentes apreenderam joias e R$ 53 mil em espécie.
As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal descobriram que o ex-governador Sérgio Cabral deu, em duas ocasiões cada, o equivalente a R$ 1 milhão em joias em presentes para Adriana. A primeira vez que isso aconteceu foi no aniversário dela, em 2012.
Naquele ano, a então primeira-dama completou 42 anos, em 18 de julho. No mesmo dia, Carlos Miranda, apontado pelos investigadores como operador financeiro do ex-governador Sérgio Cabral, foi até a joalheria Antonio Bernardo, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
No local, Miranda comprou um anel Mozart com Turmalina Paraíba, um colar Blue Paradise e um par de brincos Espeto de Turmalina. Como pagamento deixou dez cheques como prestação, sendo cada um no valor de R$ 100 mil. Os investigadores descobriram que Miranda usava na joalheria o codinome "Ramos Filho" em um esquema de "compensação paralela".
Ou seja, os cheques deixados como garantia para o pagamento eram trocados, um a um, por dinheiro antes da data de vencimento. Os investigadores suspeitam que esse dinheiro seja de propina obtida por Sérgio Cabral. Ramos Filho era o registro de Sérgio Cabral na joalheria Antonio Bernardo.
Adriana Ancelmo também tinha registro da joalheria. A ex-primeira-dama era chamada de "Lourdinha". Assim, as compras eram mantidas numa contabilidade paralela e codificada que escondia os verdadeiros compradores das joias.
Segundo as investigações, todas as sextas-feiras, Adriana recebia em seu escritório, no Centro do Rio de Janeiro, uma mochila cheia de dinheiro. Os valores variavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. De acordo com a Força-Tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Estado do RJ, esse dinheiro são propinas pagas à organização criminosa que seria comandada por Sérgio Cabral. Adriana Ancelmo foi presa, nesta terça (6), por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do RJ.
O ex-governador do Rio foi preso no dia 17 de novembro. Ele foi alvo da Operação Calicute da Polícia Federal que apura desvios em obras do governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões.

Por G1 Rio
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