Partido
dinamarquês distribuiu spray antirrefugiados que teria
a função de
proteger contra ataques de estrangeiros
(Foto: Reprodução/ Danskernes )
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Líder do Partido Danskernes não
considera iniciativa racista. Ação é alvo de críticas internacionais.
O partido de direita Danskernes
distribuiu no sábado (24) latinhas de “spray antirrefugiados” que teria a
função de proteger contra ataques de imigrantes, segundo a CNN. A ação é alvo
de críticas internacionais.
Quase 150 das latas de aerossol
foram distribuídas nas ruas de Haderslev, uma cidade portuária no sul do país.
Como o uso de spray de pimenta é ilegal no país, o partido usou spray de cabelo
nesta campanha.
O líder do partido, Daniel
Carlsen, defendeu a iniciativa. “Eu não consigo ver como racista. O spray de
pimenta é ilegal, nós queríamos descobrir uma maneira para os dinamarqueses, em
especial as mulheres, pudessem se proteger. É óbvio que não é a situação ideal.
No longo prazo, queremos repatriar os não-ocidentais em geral. No curto prazo,
queremos fornecer soluções para tornar a vida melhor e mais segura para o povo
dinamarquês".
A agência da ONU para refugiados,
Acnur, afirmou que não acredita que o partido
Danskernes seja um grupo representativo do povo dinamarquês.
"Lamentamos profundamente este tipo de incidente que está ocorrendo na
Dinamarca contra os solicitantes de asilo e os refugiados, que são pessoas que
já sofreram tanto", afirma o comunicado.
Considerado um dos países mais
igualitários do mundo e pioneiro em iniciativas pró-imigrantes, o país vem
mostrando uma nova face ao instituir medidas mais rígidas para desestimular
novas chegadas ao país, segundo a BBC.
Em janeiro, depois de meses de atuação
discreta na crise dos refugiados, a Dinamarca causou uma polêmica internacional
ao aprovar o confisco de dinheiro e bens de refugiados - joias e dinheiro em
valor superior a 10 mil coroas dinamarquesas (R$ 5.500), para custear
acomodação daqueles que solicitam asilo no país.
A medida faz parte de um pacote de
34 restrições aprovadas nos últimos meses pelo governo da Dinamarca, segundo a
BBC. Uma das mais criticadas por grupos de defesa de direitos humanos é a
extensão do prazo - de um para três anos - para reunificação dos núcleos
familiares daqueles que conseguiram asilo.
Do G1, em São Paulo
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