Primeiro-ministro
de Israel, Benjamin Netanyahu, passa pelo caixão
do
ex-presidente israelense Shimon Peres, no Parlamento, em
Jerusalém
(Foto: Menahem Kahana / AFP)
|
Homenagens acontecem até a noite
desta quinta no parlamento israelense. Sepultamento ocorrerá na sexta (30) com presença de líderes estrangeiros.
Os israelenses começaram a prestar
a última homenagem ao ex-presidente Shimon Peres, no parlamento em Jerusalém,
nesta quinta-feira (29). Peres, que estava internado desde o dia 13, após
sofrer um AVC (acidente vascular cerebral), morreu na terça-feira (27). O
funeral do líder israelense, que morreu aos 93 anos, será na sexta-feira (30) e
contará com a presença de vários líderes mundiais.
O caixão de Shimon Peres coberto
com a bandeira de Israel chegou nesta manhã Esplanada da Knesset (Parlamento).
Em uma breve cerimônia onde não houve discursos, o presidente de israelense,
Reuven Rivlin, foi o primeiro a colocar uma coroa de flores junto ao caixão, coberto
com uma bandeira de Israel e se mostrou muito emocionado.
Posteriormente, fizeram o mesmo o
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o presidente da câmara, Yuli Edelstein,
e o chefe da oposição e dirigente trabalhista, Isaac Herzog.
Pouco tempo depois, o
ex-presidente americano Bill Clinton, que intermediou os Acordos de Paz de
Oslo, concluídos entre Yitzhak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat, fez um
momento de silêncio ao lado do corpo. Peres foi um dos ganhadores do Nobel de
1994 por esses acordos de paz.
Milhares de pessoas são aguardadas
na esplanada do parlamento até as 21h (no horário local). Não se descarta,
porém, que o prazo seja ampliado, de acordo com a agência Efe.
A polícia israelense montou um
dispositivo especial com milhares de policiais e da Guarda de Fronteiras em
diversos pontos de Jerusalém para garantir que as homenagens aconteçam sem
problemas.
Além disso, os transportes públicos
funcionarão gratuitamente em diversos pontos da cidade e nas vizinhas Latrun e
Modi'in para facilitar a ida da população para Jerusalém.
Muitas ruas permanecerão fechadas ao trânsito e o tráfego na estrada que liga Tel Aviv com Jerusalém será interrompido à tarde para facilitar a locomoção das dezenas de delegações internacionais que devem comparecer ao sepultamento.
Muitas ruas permanecerão fechadas ao trânsito e o tráfego na estrada que liga Tel Aviv com Jerusalém será interrompido à tarde para facilitar a locomoção das dezenas de delegações internacionais que devem comparecer ao sepultamento.
Os serviços de segurança de Israel
se preparam para garantir o deslocamento dos líderes e a aterrissagem e
decolagem em poucas horas de mais de 120 aviões.
Funeral
Na sexta de manhã, o caixão será levado para o cemitério nacional, Mount Herzl. A cerimônia incluirá uma procissão até a seção VIP do cemitério, onde estão enterrados a maioria dos ex-líderes israelenses. Haverá telas em volta do cemitério para que a multidão, que é esperada para o enterro, possa assistir.
O governo ordenou que as bandeiras sejam hasteadas a meio maestro em todas as instituições públicas, bases militares e delegacias de polícia.
Chegada a Israel
Nascido em Vichnev, cidade que na época pertencia à Polônia e agora faz parte do território da Belarus, em 1923, Peres tinha 11 anos quando se mudou para o que então era a Palestina sob Mandato Britânico, onde se radicavam milhares de judeus com a intenção de estabelecer um Estado.
Peres viveu alguns anos em um kibutz próximo ao lago Tiberíades, onde fez o bacharelado, antes de aderir às juventudes operárias socialistas.
Na sexta de manhã, o caixão será levado para o cemitério nacional, Mount Herzl. A cerimônia incluirá uma procissão até a seção VIP do cemitério, onde estão enterrados a maioria dos ex-líderes israelenses. Haverá telas em volta do cemitério para que a multidão, que é esperada para o enterro, possa assistir.
O governo ordenou que as bandeiras sejam hasteadas a meio maestro em todas as instituições públicas, bases militares e delegacias de polícia.
Chegada a Israel
Nascido em Vichnev, cidade que na época pertencia à Polônia e agora faz parte do território da Belarus, em 1923, Peres tinha 11 anos quando se mudou para o que então era a Palestina sob Mandato Britânico, onde se radicavam milhares de judeus com a intenção de estabelecer um Estado.
Peres viveu alguns anos em um kibutz próximo ao lago Tiberíades, onde fez o bacharelado, antes de aderir às juventudes operárias socialistas.
Na década de 1950 se tornou o
"pupilo" do criador do Estado Judeu em 1948, Davi Ben Gurion, para se
lançar na política ativa em 1959, quando foi eleito pela primeira vez deputado
no Parlamento, cargo renovado sucessivamente.
Após ser ministro do exterior no
governo do trabalhista Yitzhak Rabin, assassinado em 1995, Peres exerceu
novamente a função de primeiro-ministro de forma interina. Rabin e Peres foram
os artífices da histórica declaração de princípios para negociar a paz,
assinada por Israel com os palestinos em 1993. Um ano mais tarde, os dois e o
líder palestino Yasser Arafat receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Apesar de, durante o processo de
Oslo (1993-2000), Peres ter sido visto como uma "pomba" da política
israelense, após a explosão da última intifada ele se aliou com o carismático
líder da direita Ariel Sharon - um "falcão". Sua reputação
internacional como pacifista, no entanto, foi pouco afetada.
Entre 2007 e 2014 assumiu a
presidência israelense, instituição representativa sem poder executivo, mas com
responsabilidade para fazer articulações entre os três poderes do Estado e o
povo.
Apesar dos acordos de Oslo e das negociações de paz, os palestinos têm uma visão muito mais turva do homem que aprovou as primeiras colônias judaicas na Cisjordânia e ainda era primeiro-ministro quando a aviação israelense bombardeou o povoado libanês de Cana, matando 106 civis em abril de 1996, segundo a France Presse.
Apesar dos acordos de Oslo e das negociações de paz, os palestinos têm uma visão muito mais turva do homem que aprovou as primeiras colônias judaicas na Cisjordânia e ainda era primeiro-ministro quando a aviação israelense bombardeou o povoado libanês de Cana, matando 106 civis em abril de 1996, segundo a France Presse.
Do G1, em São Paulo
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!