Julian
Assange, o fundador do Wikileaks
(Foto:
Reuters/Peter Nicholls)
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Assange diz 'capitalismo de
vigilância' é novo modelo de negócio mundial. Para ele, 'quantidade de espionagem pode aumentar'.
O fundador do WikiLeaks, Julian
Assange, afirmou nesta quarta-feira (13) que o novo modelo de negócio mundial é
o "capitalismo de vigilância" e que empresas de tecnologia, como o
Google e o Facebook, recebem mais informações do que a Agência de Segurança
Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês).
Ainda abrigado na embaixada do
Equador em Londres, onde está asilado desde 2012, Assange afirmou, em uma
videoconferência, que, como a NSA acaba vigiando as empresas, a agência
"se inteira igualmente" de todas as informações que elas recebem.
O ativista australiano participou
do seminário internacional "Liberdade de Expressão, Direito à Comunicação
Universal e Imprensa Plural para as Democracias do Mundo", que foi
realizado em Santiago, parte da celebração dos 60 anos do Colégio de Jornalismo
do Chile.
Assange também fez críticas ao
Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), uma aliança que busca reduzir
as barreiras comerciais e que estabelece padrões comuns para os 12
países-membros, entre eles o Chile. "O TPP, o TISA e o TTIP são um triângulo
que procura criar um bloco econômico para excluir a China e é uma resposta aos
Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]."
Sobre as pressões que recebeu após
os diálogos diplomáticos sigilosos vazados pelo Wikileaks, Assange afirmou que
não haverá uma reforma nos EUA para deter a vigilância em massa, mas que esse
deveria ser um tema de interesse mundial.
"A quantidade de espionagem
pode aumentar. O modelo de negócio é o capitalismo de vigilância", afirmou
o fundador do Wikileaks, afirmando que essa espionagem é feita pelo próprio
Google, com informações extraídas, por exemplo, do Gmail.
"Por exemplo, o Google está
tentando dominar o transporte. Por que? Porque tem uma vantagem comparativa de
mapas e imagens de satélites das ruas, pessoas com celulares sendo monitoradas
pelo Google Search (mecanismo de busca)", explicou o ativista. Assange
afirmou que isso pode ser exemplificado pelos acordos entre o Google e empresas
militares que seguem a mesma lógica de rastreamento de informações.
Da EFE
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