Integrantes do Muspe enviaram
documento, nesta quinta-feira, na Alerj. Funcionários estão em greve
Os servidores estaduais
protocolaram um pedido de impeachment contra o governador em exercício,
Francisco Dornelles, na tarde desta quinta-feira, por crime de responsabilidade
por não destinar investimentos necessários para a educação e a saúde. O documento
foi entregue pelos profissionais e integrantes do Movimento Unificado dos
Servidores Públicos do Estado (Muspe) ao departamento de protocolos
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com um dos
representantes do Muspe, Alzimar Andrade, o decreto de estado de calamidade
pública, que foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira, é
inconstitucional e prejudica a população. O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores do Poder Judiciário (SindJustiça) afirmou ainda que os R$ 2,9
bilhões que o Estado recebeu do governo federal irão apenas para as Olimpíadas.
"Ele tem repassado menos
verba para saúde e educação do que a Constituição prevê. A gente exige que ele
gaste essa verba do governo federal para os servidores, na saúde, segurança e
educação. O estado tem inflado os cargos comissionados, sem concurso",
explicou Alzimar.
Professores protestam em frente
à casa de Dornelles
Endereço da residência do
governador em exercício, a Rua Itaipava, no Jardim Botânico, Zona Sul, foi
renomeada, nesta quinta-feira. Em ato encabeçado por cerca de 40 professores da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a via recebeu a seguinte
denominação: "Rua do Calote". O termo faz referência aos atrasos no
pagamento de salários e também de repasses para a instituição. Devido à greve
dos docentes, alunos da Uerj ainda não tiveram uma sequer aula neste ano.
Durante o protesto, até uma placa
com o rosto do governador foi afixada em um poste que fica em frente ao prédio
de número 18, com o objetivo de alertar aos moradores da região sobre a
"mudança" no nome da via. O ato desta quinta-feira foi organizado
pela Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), com a intenção de surpreender o
governador.
"Chegamos por volta das 6h30
e ficamos esperando o Dornelles aparecer para tomar um café com ele, mas o
governador passou direto e não nos recebeu. Ele deu apenas um 'tchauzinho' de
dentro do seu carro e foi embora com o Ademário (seu motorista)", reclamou
o diretor da Asduerj, Paulo Alentejano. Ontem, a frase 'Vamos embora,
Ademário' viralizou nas redes sociais. Isto porque, ao ser questionado por
repórteres sobre o destino dos R$ 3 bilhões doados pelo governo federal, o
governador não soube dar uma resposta, pedindo ao seu motorista que deixasse o
local. "Estamos lutando pelo pagamento de nossos salários. Neste mês, só
recebemos a metade. Dornelles prioriza as Olimpíadas e se esquece da
educação", criticou Paulo Alentejano.
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