Pedido foi feito em post em sua
conta no Twitter. La Paz e Santiago mantêm dois
litígios da Corte Internacional de Justiça.
O presidente Evo Morales pediu
neste domingo (26) ao governo de Santiago de Chile que retire as minas da
fronteira com a Bolívia. O pedido foi feito dias antes da apresentação do livro
"Vocação de paz", que resume a política externa chilena.
"Para apresentar o livro de
Vocação de Paz, o Chile tem que desminar a fronteira com a Bolívia e substituir
o investimento militar por investimento social", escreveu Morales em sua
conta do Twitter.
Para cumprir a Convenção de
Ottawa, o Chile deveria ter desativar até 2012 as minas terrestres colocadas
nas áreas fronteiriças com a Bolívia, mas não obedeceu o prazo, depois de pedir
uma prorrogação até 2020.
O livro "Vocação de paz"
será apresentado no dia 1º de julho em Puerto Vara (sul do Chile) durante a
cúpula presidencial dos países que integram a Aliança do Pacífico (Chile, Peru,
México e Colômbia).
Segundo a imprensa chilena, o
documento de referência contém um resumo da política externa do país e não é
exatamente uma resposta ao "Livro do Mar", editado pela Bolívia e que
resume os argumentos de sua demanda marítima.
La Paz e Santiago mantêm dois
litígios da Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia.
Em uma, a Bolívia pede que seu
vizinho devolva sua saída ao mar, perdida no final do século XIX em uma guerra.
Na outra, o Chile reivindica direitos de uso sobre as águas do Silala.
"Como bolivianos não buscamos
ódio nem agressividade. Só buscamos boa vizinhança e irmandade, respeitando
nossos direitos", afirmou Morales em outra mensagem, que faz referência à
declaração do chanceler chileno, Heraldo Muñoz, de que "o Governo
boliviano que preferiu o confronto".
Da France Presse
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