Movimentação na sede da Polícia Federal em
Curitiba
(Vagner Rosário/VEJA.com)
|
Ex-assessor do Partido
Progressista João Cláudio Genu é um dos presos. Lava Jato investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal (PF) está nas
ruas para cumprir mandados referentes à 29ª fase da Operação Lava Jato desde a
madrugada desta segunda-feira (23) em Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Ao
todo, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão
preventiva e dois mandados de prisão temporária. A ação foi batizada de
"Repescagem".
A prisão preventiva é contra João
Cláudio Genu. Ele foi preso em Brasília. Também estão sendo cumpridos dois
mandados de busca na casa e no apartamento dele.
A PF informou que Genu foi
assessor do ex-deputado federal do Paraná José Janene, que morreu em 2010, e
tesoureiro do Partido Progressista (PP). Ele foi investigado e condenado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT em 2012. Após
recurso, em março de 2014, Genu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro.
Ele também tinha sido denunciado por corrupção passiva, mas a pena para o crime
prescreveu.
"Foi, juntamente com o
deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar
cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da empresa
SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza,
para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo
criminal conhecido vulgarmente por Mensalão", disse a PF.
RESUMO DA OPERAÇÃO
Prisão preventiva cumprida- João Cláudio Genu
Prisões temporárias cumpridas- Lucas Amorim Alves e Humberto do Amaral Carrilho.
Prisão preventiva cumprida- João Cláudio Genu
Prisões temporárias cumpridas- Lucas Amorim Alves e Humberto do Amaral Carrilho.
Na Operação Lava Jato, Genu é
suspeito de distribuir dinheiro oriundo do esquema de corrupção que atuou na Petrobras a
políticos do PP. Em julho de 2015, a força-tarefa da Operação Lava Jato já havia
cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-assessor.
A PF declarou ainda que surgiram
elementos probatórios que apontam a participação do investigado no esquema de
corrupção na Petrobras. "As investigações apontam que ele continuou
recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão
e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de
2013".
Lucas Amorim Alves teve um mandado
de prisão temporário expedido. Ele foi preso em Brasília. A PF também cumpre
dois mandados de busca na casa e no escritório dele.
A outra prisão temporária é contra
Humberto do Amaral Carrilho. Ele foi detido no Recife.
Os policiais também cumprem um
mandado de busca e apreensão na casa de Antônio Gontijo de Rezende.
A prisão temporária tem prazo de
cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em
preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem
prazo pré-determinado.
Defesas
O advogado Maurício Maranhão, responsável pela defesa de Genu, disse à TV Globo que, por enquanto, não vai se manifestar. A reportagem tenta contato com os demais investigados na operação.
O advogado Maurício Maranhão, responsável pela defesa de Genu, disse à TV Globo que, por enquanto, não vai se manifestar. A reportagem tenta contato com os demais investigados na operação.
28ª fase
A 28ª
fase, batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada no dia
12 de abril. A investigação focou na cobrança de propinas para evitar
convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a
Petrobras em 2014 e 2015.
Foram presos o ex-senador Gim
Argello, o assessor dele Paulo Cesar Roxo Ramos e o secretário-geral da Câmara
Legislativa do Distrito Federal Valério Neves Campos. Os dois últimos tiveram a
prisão temporária vencida e foram soltos.
Gim cumpre mandado de prisão
preventiva e está detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais. Paulo Roxo
também está detido no complexo médico.
Gim, à época, era membro da CPI no
Senado e vice-presidente da CPMI, da Câmara e do Senado. Ele foi senador entre
2007 e 2015
O nome dele apareceu nas delações
do senador Delcídio
do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa. O Ministério
Público Federal (MPF) diz que há evidências de que o ex-senador
pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil
para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato.
Adriana Justi / Do G1 PR
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!