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Henrique
Meirelles, ministro da Fazenda
(Paulo
Whitaker/Reuters)
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Ministro da Fazenda destacou a
'urgência' da reforma da Previdência
O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, e líderes das centrais sindicais UGT, Força Sindical, Nova Central e
CSB manifestaram preocupação com o avanço do desemprego na reunião que tiveram
nesta segunda-feira com o presidente interino Michel Temer, o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha, e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Meirelles
sinalizou aos sindicalistas que o desemprego pode chegar a 14% até o fim do ano
e pontuou que a reforma da Previdência é uma das medidas para barrar o
crescimento da massa de desempregados.
"Cada um defendendo seu
pedaço quando o país caminha para a desagregação não dá. Vamos tentar em 30
dias liquidar esse debate sem prejuízo aos trabalhadores. Nós temos que
discutir o sistema previdenciário para garantir o pagamento no futuro, isso é
fundamental para nós. Organizar tudo na boa fé, com diálogo, para gerar o
emprego que nós necessitamos", disse Meirelles, conforme anotações do
secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "O
desemprego está em 10% hoje. Daqui a pouco, do jeito que está, vai a 14%. Nós
temos urgência em melhorar isso e dar um sinal para o mercado."
Líderes sindicais saíram da
reunião com acordo de se reunirem na próxima quarta-feira novamente na Casa
Civil. O foco será chegar em 30 dias a um projeto comum de Reforma da
Previdência para ser levado ao Congresso.
Há resistência dos sindicalistas.
Eles saíram pessimistas da reunião com Temer. As centrais sindicais também vão
se debruçar sobre a reforma trabalhista - mas sem prazo para levar propostas ao
Legislativo.
"Já estão sinalizando que se
nada for alterado neste ano, o desemprego poderá chegar a 11 ou 12 milhões de
trabalhadores. Quem é que vai responder para as famílias desses
desempregados?", disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo
Patah (PSD). "Estou muito preocupado é com o desemprego. Estamos com 10,3
milhões de desempregados - e em ascensão", afirmou. "Na reunião
anterior, o Temer tinha nos dito que, com um governo que pudesse trazer
confiança internacional, as empresas já iriam ter condições de investir, mas
ainda não vi investimento nenhum. A gente percebe uma preocupação muito grande
da área empresarial em colocar seus recursos para gerar emprego. Essa é a
equação mais grave que estamos vivendo."
Veja.com
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