José Eduardo
Cardozo rebate pedido de sindicância
de sucessor
na AGU.© Fornecido por Estadão
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O ex-ministro da Justiça e
ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo rebateu neste sábado (21) a
decisão do atual titular da AGU, Fábio Medina Osório, que decidiu nesta
sexta-feira abrir uma sindicância para apurar a conduta do antecessor.
“Trata-se de evidente tentativa de
intimidação do livre exercício da atuação de um advogado de defesa da
Presidenta da República. Viola claramente o estatuto da advocacia”, disse
Cardozo por meio de nota.
O ex-ministro, que continuou de
forma voluntária à frente da defesa de Dilma após o afastamento de Dilma do
cargo por até 180 dias, disse ainda que, “sem prejuízo a outras medidas
jurídicas”, representará contra Medina no Conselho de Ética por uma “clara
tentativa de intimidar o exercício da defesa da presidente”.
O argumento de Osório é que
Cardozo não poderia ter defendido no Congresso Nacional a tese de que o
processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é um “golpe de
Estado”.
Segundo o site da revista Veja,
o novo advogado-geral da União classificou como “criminosa” a defesa de
Cardozo.
Na mesma nota divulgada neste
sábado, Cardozo lembrou que, em entrevista concedida ao jornal Diário do Grande
ABC, em maio do ano passado, Medina se manifestou contra o impedimento de
Dilma.
“Causa espécie ainda a acusação a
mim dirigida venha de pessoa que anteriormente defendeu publicamente o mesmo
ponto de vista jurídico. Em entrevista ao Diário Grande ABC, Fábio
Medina afirmou textualmente que o impeachment da presidente Dilma, na medida
que contraria a Constituição, deveria ser qualificado como um golpe”.
Além de divulgar nota, Cardozo
concedeu uma entrevista coletiva em São Paulo para rebater Medina.
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