A pouco menos de um mês para o
Natal - data que responde por um quarto do faturamento anual do comércio -, os
lojistas cariocas estão pouco otimistas. Pesquisa do Centro de Estudos do Clube
de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL) com 750 lojistas da cidade indica
que a maioria dos comerciantes não espera vendas maiores no natal.
Segundo o
levantamento, 62% dos entrevistados disseram que as vendas deverão
ser iguais as do ano passado. A pesquisa mostra também que apesar das
dificuldades que o país atravessa, que inibe as compras, os lojistas estão se
esforçando para atender a demanda. Para estimular os consumidores estão fazendo
promoções, descontos, planos de pagamentos facilitados, kits promocionais,
liquidações, brindes, sorteios e também lançaram novos produtos e aumentaram a
variedade de mercadorias. Eles acreditam que os presentes mais vendidos no
Natal serão brinquedos, roupas, calçados, lembrancinhas, bolsas, acessórios e
bijuterias.
Os lojistas estimam também que o
preço médio dos presentes por pessoa deve ser de R$ 50 e que os clientes
deverão utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido do cheque
pré-datado, cartão à vista, dinheiro e a prazo. Para aumentar as vendas 74% dos
entrevistados disseram que pretendem abrir as lojas aos domingos no mês de
dezembro e estender o horário de atendimento.
De acordo com o presidente do
CDLRio, Aldo Gonçalves, o moderado otimismo dos lojistas com o Natal é um
reflexo do fraco desempenho das vendas nas datas comemorativas que o
antecederam, que infelizmente não atingiu as expectativas de crescimento
estimadas pelo comércio.
“O desemprego, os juros altos e a
inflação inibem o consumidor. E quando a economia vai mal afeta o clima de
otimismo e inviabiliza as compras. É o ambiente econômico quem dita o
comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que
sustenta os ciclos de produção, emprego, consumo e progresso social. Não se
conhece fórmula diferente”, diz Aldo.
Ainda segundo o presidente do
CDLRio, por mais otimista que o comerciante possa ser – e ele é um otimista por
natureza - não pode deixar de reconhecer que o momento que vivemos é de
preocupação. “Há sinais de desconforto além do comum. Há inquietação entre
empresários de pequeno porte e de porte nem tão pequeno. Há portas se fechando
em ruas de forte tradição comercial. Há muito não por fazer, mas por voltar a
fazer. O fato é que este clima de desconforto e de incertezas atinge fortemente
a todos os setores de atividade, especialmente o comércio”, conclui Aldo.
O presidente do CDLRio cita também
que pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio – CNC – mostra
que neste mês de novembro a Intenção de Consumo das Famílias caiu 36% em
relação ao mesmo mês de 2014.
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