A cidade ficaria endividada por mais 25 anos.
O presidente do Comitê Municipal
do Partido da República – PR, Zezinho Salvador, em postagens publicadas nas
redes sociais, diz ser contra o empréstimo de 250 milhões de reais, a título de
antecipação dos royalties destinado a Rio das Ostras.
Segundo informações, esse
empréstimo de 250 milhões, que seriam pagos em 25 anos, resolveria o problema
econômico que atravessa a prefeitura devido aos impactos da queda na
arrecadação dos Royalties. Um detalhe chama a atenção, Rio das Ostras já se
encontra com um endividamento de cerca de 1 bilhão de reais por conta de uma
Parceria Público Privada – PPP, assinada com a construtora Odebrecht em 2008,
quando o prefeito era Carlos Augusto, e que tem custado cerca de R$ 9 milhões
por mês aos cofres do município.
“Na contramão dessa necessidade, nossa querida
Rio das Ostras não realizou nenhuma economia de verdade! Ao contrário! Foram
realizados cortes de serviços importantes que causaram dores nos lares
riostrenses, quando o melhor caminho seriam cortes na administração, como a
redução do número de secretarias, de cargos em comissão e em outras áreas onde
a economia poderia ser feita sem prejudicar os serviços essenciais à população”,
diz Zezinho.
O líder Zezinho, também explica
que espera que o bom senso e que o prefeito coloque o assunto em discussão pela
sociedade, em audiências públicas para debater se essa medida é a única opção para
a cidade, como muitos outros municípios estão fazendo.
Leia na íntegra a carta aberta de
Zezinho Salvador:
Amigos de Rio das Ostras,
Como vocês sabem, sou nascido e
criado nessa bela cidade. Aqui desenvolvi minha vida profissional e constituí
minha família. Amo Rio das Ostras e por isso me preocupo com o seu futuro e
também com o futuro de todos os demais moradores de nossa cidade.
Rio das Ostras tem vivido uma
crise financeira sem precedentes, o que vem prejudicando a qualidade de vida
das pessoas que moram aqui. Os reflexos sem precedentes já alcançam os serviços
públicos essenciais, tais como as áreas da saúde, da educação, da segurança
pública e outros setores da administração municipal.
Nossa cidade é a terceira colocada
no recebimento dos royalties de petróleo, o que nos rendeu, nos últimos anos,
uma receita invejada por muitas cidades de maior porte e mesmo assim ainda
sofremos com questões básicas como a falta de abastecimento de água potável e
coleta de esgotos, serviços estes ainda restritos a poucos bairros do
município.
Desde o ano passado, os valores
recebidos de royalties pela exploração do petróleo na região vêm caindo pelo
baixo preço do produto no mercado internacional, o que afetou seriamente as
finanças de todas as cidades que dependem desse recurso para manterem seus
níveis de investimentos e de manutenção dos serviços.
Como todo bom gestor sabe, os
royalties são uma receita finita, ou seja, um dia acaba e a sua destinação deve
ser sempre o investimento. Não devemos comprometê-la com despesa corrente. Para
você trabalhador, é como comprometer, a longo prazo, as suas horas extras com
um gasto que não tenha retorno para você no futuro. E se o seu patrão lhe
cortar as horas extras? Como pagará sua dívida?
Outras cidades, como Macaé e Cabo
Frio, por exemplo, tomaram medidas que geraram corte de gastos na área
administrativa de forma a se adequarem para uma época de escassez, prejudicando
ao mínimo o atendimento à população. Isso se chama economia!
Na contramão dessa necessidade,
nossa querida Rio das Ostras não realizou nenhuma economia de verdade! Ao
contrário! Foram realizados cortes de serviços importantes que causaram dores
nos lares riostrenses, quando o melhor caminho seriam cortes na administração,
como a redução do número de secretarias, de cargos em comissão e em outras
áreas onde a economia poderia ser feita sem prejudicar os serviços essenciais à
população.
Nossa cidade já se encontra com um
endividamento de cerca de 1 bilhão de reais, isso mesmo, um bilhão de reais,
por conta de uma Parceria Público Privada assinada com a construtora Odebrecht
em 2008 e que tem custado cerca de R$ 9 milhões por mês aos cofres do
município.
Tendo em vista o altíssimo valor
dessa dívida, o município obteve na Justiça uma redução no valor dessa parcela mensal,
justamente devido à queda da arrecadação, passando a pagar mensalmente cerca de
1 milhão, porém, mesmo com essa enorme redução, nenhum serviço foi melhorado ou
recuperado. Por que o valor economizado não é direcionado à construção de novas
redes coletoras de esgoto para novas residências?
Agora, como se não bastasse, os
cidadãos dos municípios produtores de petróleo estão polvorosos em razão da
expectativa das prefeituras tomarem um novo empréstimo, que informações não
oficiais dão conta que o valor para Rio das Ostras seria algo em torno de 250
milhões de reais, isso mesmo, duzentos e cinquenta milhões de reais,
antecipando receitas de royalties futuros e endividando a cidade por mais 25
anos, e assim colocando em risco a manutenção dos serviços essenciais e o
desenvolvimento do município por um longo período.
Eu me pergunto e convido aos
amigos a se questionarem: É esse o caminho que devemos seguir? É justo aumentar
mais ainda a dívida enorme que a cidade já possui em vez de cortar despesas não
essenciais? Tenho medo do que possa acontecer no futuro caso isso venha a
ocorrer.
Para que você possa compreender aí
no seu lar, é como se uma pessoa contraísse um empréstimo para pagar dívidas,
sem cortar suas despesas, comprometendo a sua renda e deixando a pessoa em
risco de passar por necessidades num futuro próximo.
Esperamos que o bom senso impere e
que o prefeito possa colocar o assunto em discussão pela sociedade, em
audiências públicas, por exemplo, para que possamos debater essa medida e
decidir se ela é mesmo a melhor opção para a cidade, como muitos municípios têm
feito.
Caso contrário amigos, só nos
restará o caminho da Justiça para tentarmos evitar a falência futura de Rio das
Ostras.
Convide seus amigos a refletir
esse assunto, seus vizinhos e vamos nos mobilizar para que possamos ter uma Rio
das Ostras bonita, bem cuidada e com a qualidade de vida que todos nós
gostaríamos de ter.
Um abraço caloroso, Zezinho
Salvador.
OBS: O projeto de lei do executivo
deve ser apreciado e votado na Câmara de Vereadores de Rio das Ostras, ato que
autoriza o município a aplicar a resolução 15/2015, aprovada recentemente pelo
Senado Federal e que deve entrar em pauta ainda. Esta resolução permite a
municípios e estados produtores de petróleo contrair empréstimos em
instituições financeiras empenhando receitas futuras de royalties, nos mesmos
limites previstos na resolução 43/2011.
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