Pai e filha
lembram o 70ª aniversário do ataque nuclear
a Hiroshima, em 6 de agosto de 2015.
|
Setenta anos depois do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, houve uma
mudança na visão da sociedade norte-americana sobre essa decisão. Em 1945,
cerca de 85% dos norte-americanos apoiavam o uso da bomba nuclear, enquanto
hoje justificam aquela ação um total de 56%, segundo uma pesquisa do Pew
Research Center que compara cifras atuais com um levantamento do Gallup feito
pouco depois do bombardeio. Hoje, 34% dos norte-americanos se opõem àquele
bombardeio que levou ao fim do conflito na região do Pacífico.
Os protagonistas da mudança de
opinião são os jovens entre 18 e 29 anos. Um total de 47% deles aprova o uso
das bombas atômicas contra o Japão em 1945 enquanto 70% dos maiores de 65 anos
consideram que a resposta nuclear foi adequada.
Apesar de mais da metade dos
norte-americanos entender hoje a decisão tomada por seu Governo há 70 anos, as
pesquisas revelam ao longo do tempo a progressiva rejeição ao uso de armas
nucleares. O apoio majoritário ao ataque a Hiroshima e Nagasaki em 1945 caiu para 63% em
1991, e agora baixou para 56%.
As pesquisas também refletem a
divisão política em torno da bomba atômica. A grande maioria dos eleitores
republicanos (74%) considera justificável o lançamento enquanto entre os
democratas esse apoio se reduz a 52%.
Entre os japoneses — que
tradicionalmente manifestam sua desaprovação ao lançamento da bomba atômica —,
somente 14% expressa aprovação. Uma redução em relação a 1991, quando 29% dos
cidadãos do país asiático se declaravam a favor da decisão.
Em 1995, a metade dos
entrevistados considerava que deveria ter sido encontrada outra maneira de pôr
fim ao conflito no Pacífico. Ainda assim, 73% dos norte-americanos não se
mostraram favoráveis a que seu Governo pedisse desculpas oficialmente a Tóquio
e somente 20% defenderam essa iniciativa, segundo um levantamento do Pew
Research.
Quando o Japão se rendeu, muitos
norte-americanos achavam que o imperador Hirohito deveria ser executado por
crimes de guerra. No entanto, o general MacArthur convenceu o presidente Truman
e o general Eisenhower de que acabar com o imperador japonês o tornaria um
mártir, e ele passaria a ser uma figura cultuada. Washington “perdoou” o
imperador japonês — outros membros do Executivo foram condenados à morte —,
como parte de uma estratégia de democratização e normalização diplomática com o
país que seria um dos futuros e mais sólidos aliados dos Estados Unidos no
cenário asiático.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!