Marta Coerin
e Maria Coerin, de Santo André, têm vínculos com partido e empresa
de consultoria de
ex-ministro. (Foto:
Reprodução)
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Duas irmãs gêmeas ligadas ao PT e
aos negócios do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu - preso nesta
segunda-feira, 3, na 17ª fase da Operação Lava Jato - são investigadas como elo
da propina paga pelo lobista Milton Pascowitch.
Marta Coerin foi um dos alvos da
Operação Pixuleco. Ela trabalha atualmente no PT, segundo registro oficial, e
foi identificada como emissária de Dirceu e irmão de funcionária da JD
Assessoria e Consultoria - do ex-ministro.
Sua irmã é Maria Coerin, que
trabalhou em 2010 como "assessora de agenda" da então candidata à
Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, segundo análise da PF. Ela também foi
funcionária do PT e na JD.
Policiais federais levaram a
investigada Marta coercitivamente, nesta segunda-feira, para prestar
esclarecimentos na sede da Polícia Federal, em São Paulo.
Relatório da PF anexado aos
pedidos de prisão de Dirceu e de condução de coercitiva de Marta mostram que
sua irmã Maria Coerin, que também teve vínculos empregatícios com o PT e coma
JD Assessoria trabalhou na equipe que cuidava da agenda de campanha de Dilma,
em 2010.
Os nomes das irmãs foram citados
pela primeira vez, nos autos da Lava Jato, nas delações de Milton Pascowitch,
lobista da empreiteira Engevix e outras empresas.
Emissária
Segundo ele, a Consist Software
foi uma das que repassou, por seu intermédio, “subrepticiamente, valores para o
Partido dos Trabalhadores através de João Vaccari Neto” no esquema liderado por
Dirceu e pelo lobista Fernando Moura.
Foram R$ 15 milhões, por meio de
contratos de consultoria simulados entre a Jamp Engenheiros Associados, que
pertencia a ele, para pagamentos de propina.
“Os repasses, de cerca de R$ 12
milhões, teriam sido feitos em espécie. Parte dos valores teria sido recebida
por emissária de nome Marta Coerin”, informa o Ministério Público Federal.
“Marta foi indicada como pessoa
emissária de (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobrás) responsável
por recolher dinheiro em espécie com Milton”, informou a PF. “Pesa sobre ela o
fato de estar envolvida também com a prática de artifícios para iludir as
autoridades públicas em relação a pagamentos de propina.”
“Em uma ocasião (Pascowitch)
recebeu uma portadora no Rio de Janeiro, enviada por João Vaccari, de nome
Marta, que foi até a residência do declarante no Rio de Janeiro e lá recebeu R$
300 mil”, registra o MPF.
“Marta tem como particularidade
ser irmã gêmea de uma outra pessoa conhecida do declarante (Maria), uma vez que
trabalhava na JD Consultoria, empresa de José Dirceu, como auxiliar
administrativa.”
Assessora de agenda
Sua irmã gêmea é Maria Coerin, que
atuou na campanha de Dilma Dilma Roussef em 2010, quando foi eleita sucessora
de Luiz Inácio Lula da Silva, aponta a PF.
Maria “foi beneficiária de 41
transferências bancárias realizadas pela JD Assessoria, no período de 20 de
julho de 2011 a 7 de fevereiro de 2013, totalizando R$ 163.874,11″, informa
documento da Lava Jato. Ela trabalhou na JD neste período. Antes disso, entre
19 de julho de 2006 e 30 de junho de 2011 foi funcionária do PT.
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