É com muita satisfação que o Rio das Ostras Jornal apresenta
uma entrevista com o riostrense de coração Eduardo Almeida, diretor da
federação de ciclismo do Estado do Rio (fecierj) e diretor do departamento de
mobilidade urbana de Rio das Ostras.
Qual a importância
da bicicleta para uma cidade como Rio das Ostras?
A bicicleta tem uma importância histórica pra cidade. Foi
o principal meio de transporte quando não havia o Subsistema de Transporte
Urbano (Vans). A bicicleta também foi usada como moeda local, sendo o meio de
garantia de dívida, até mesmo de compra e venda de terrenos. A exemplo,
conversando com um antigo pescador, ele comentou que ficava mais tempo na
bicicleta que no barco. Nossa cidade tem uma geografia plana, temperatura amena
e baixo índice pluviométrico, que certamente auxilia muito no desenvolvimento
das ações cicloviárias. Então é fato que a cidade tenha uma conexão forte
com a bicicleta.
Que medidas já
foram tomadas e que medidas ainda serão adotadas para uma melhor interação
entre bicicleta e município?
Existe um projeto chamado Projeto Rio das Ostras Cidade
Bike que tem sido o elemento responsável pela conexão entre o município e a
bicicleta. Esse projeto contempla o apoio na realização de eventos de três
modalidades do ciclismo: Ciclismo de Estrada, Mountain Bike (MTB) e BMX. O
Audax, por exemplo, abrangeu a estrada e o MTB. Foi uma grande festa. Entre os
eventos acontecem palestras e pequenos eventos envolvendo datas especiais, como
Dia das Mulheres, Dia da Adoção, Pedal das Crianças, Pedal com Filhos, dentre
outros.
Crianças e
adolescentes são um ponto-chave quando o assunto é educação no trânsito e uso
consciente dos meios de transporte, dentre eles a bicicleta. O que tem sido
feito para desenvolver nos jovens essa consciência?
Além das pedaladas com as crianças e pais, que são
importantes para que seja vivenciado o uso correto da bicicleta pelo exemplo
que é observado, acontecem palestras nas escolas. As palestras têm temas como “A
Bicicleta, o transito e a Mobilidade Urbana” e “Tecnologia no Ciclismo”. Está
sendo desenvolvido um projeto pela Secretaria de Educação, com parceria da
Secretaria de Transportes, que será chamado "Sou + Bike", que terá um
conjunto de palestras que serão inicializadas na semana do trânsito. Pequenos
projetos estão dando bons resultados, como o Pedal com Filhos, que será
regular. Os adolescentes estão recebendo apoio dentro do Ostreet BMX. Alem de
apoio para realizar o campeonato anual, estão indo para outras competições
representando nossa cidade. Estão começando desde cedo!
Quais as
principais dificuldades a equipe do departamento de Mobilidade Urbana tem
enfrentado no desenvolvimento de seus projetos?
Creio que seja a mesma dificuldade de todas as
secretarias, principalmente por conta desse momento crítico, nacional, que é a
falta de recursos. Tenho certeza que esse momento vai passar. Enquanto isso, o
foco são as leis e pequenas ações, mantendo também os projetos.
Que mudanças já
foram percebidas na cidade em relação à bicicleta? Rio das Ostras já pode ser
considerada uma Cidade Bike? O que falta para torná-la?
Cada dia que observamos, novos ciclistas conscientes
podem ser vistos circulando nas ruas da cidade. São ciclistas que passam a
conhecer a bicicleta como equipamento esportivo e pouco depois, por conta da
alteração do estilo de vida e posteriormente da consciência, deixam de ser
"bicicleteiros" e passam a ser ciclistas. Os exemplos vão se multiplicando
e já estamos percebendo que a população vai tendo mais acesso às informações
básicas da legislação no que tange a bicicleta. BMX, Mountain Bike, Audax,
Ciclismo de Estrada, agora pronto para iniciar uma escolinha de Bicicross,
considerando o principal: 8% de viagens realizadas de bicicleta dentro da área
urbana. Com tudo isso, podemos dizer que Rio das Ostras é sim uma Cidade Bike.
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