Vídeo teria sido gravado pela mãe
da criança, diz pai.
O
pai de um bebê de um ano e onze meses ganhou a guarda provisória do
menino após um vídeo do filho brincando com um revólver na cidade de João
Pessoa ter sido compartilhado nas redes sociais. De acordo com o pai da
criança, a mãe do menino, que supostamente gravou o vídeo, mandou a filmagem
para ele através de um aplicativo de mensagens e ele denunciou o caso ao
conselho tutelar.
No vídeo é possível ver o bebê
simulando que está atirando com o revólver. Em um determinado momento, a
criança derruba a arma e outras crianças que estão no local explicam que a arma
não tem como quebrar, porque ‘é uma arma de aço’.
Segundo a delegada de Repressão a
Crimes contra a Infância e Juventude, Andrea Melo, a mãe da criança não está
presa pois não há provas de que a arma que aparece no vídeo seja de verdade.
“Para isto é necessário uma perícia, porém a arma em questão não foi
encontrada", justifica. Ainda segundo a delegada, o pai e mãe da criança
prestaram depoimento sobre o caso. Outras testemunhas ainda vão ser ouvidas.
“Fiquei indignado quando recebi o
vídeo e imediatamente procurei o conselho tutelar e levamos o caso à Delegacia
de Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude. Fui orientado a deixar um
pen drive com o vídeo para que fosse investigado pelas delegadas”, disse o pai.
O casal está separado há cerca de
um ano e desde então a mãe estava com a guarda definitiva da criança. Segundo o
pai, ele recebeu o vídeo no mês de dezembro, mas, por causa do recesso forense,
ele só conseguiu acionar a justiça em janeiro. Após a denúncia, a criança foi
resgatada da casa onde estava, levada para o Conselho Tutelar Norte e em
seguida ficou em um abrigo provisório até ser entregue ao pai na quarta-feira
(12).
O pai do menino, que também mora
na capital paraibana, explica que já havia recebido de pessoas que conhecem a
mãe da criança reclamações de maus-tratos e que deu entrada na guarda
definitiva do filho. “Algumas pessoas ligavam pra mim dizendo que minha
ex-mulher deixava a criança sozinha em casa, ou na casa de outras pessoas,
enquanto saía para resolver assuntos dela. Eu pedia pra ela deixar a criança
comigo e depois pegar, mas ela não fazia isso. Agora estou aguardando a decisão
judicial sobre a guarda”, completou.
Procurada pelo G1, uma irmã da mãe
da criança afirmou que a família não vai se pronunciar sobre o caso.
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