(Foto: Maria Luiza Silveira/TV Globo) |
Ele
era um dos principais líderes indígenas do Xingu.
Morreu
na madrugada desta segunda-feira (25) o chefe indígena Takumã, líder do povo
kamaiurá, do Alto Xingu. Ele estava há cerca de três meses internado em
Brasília após um AVC (derrame), segundo informou um indígena próximo que vai
acompanhar o corpo de volta à aldeia. Um avião deixou Canarana (MT) para
buscá-lo. O traslado deve ocorrer na tarde desta segunda.
Takumã
é considerado um dos grandes xamãs brasileiros, profundo conhecedor da religião
e de formas de cura tradicionais. “Pessoas de vários lugares do Brasil me
pediam seu contato para que ele praticasse a cura, em especial as que tinham
câncer. Mas ele era muito sério, respondia que para câncer não tinha jeito”,
lembra a antropóloga Carmen Junqueira, da PUC-SP, que o conhecia desde a década
de 1960.
Uma
história conhecida de Takumã entre os kamaiurá é o de duas crianças que
sumiram na beira de um rio e que os índios, após revistarem a floresta da
região, praticamente as davam como mortas. O xamã, segundo os relatos, se
comunicou com espíritos e soube que os meninos estavam vivos. Ele então pediu
que voltassem à aldeia, e eles, de fato, voltaram.
O
cacique conheceu os irmãos Villas Boas no final da década de 1940, quando
chegaram ao Xingu. Carmen Junqueira explica que, além de xamã, Takumã foi
também um importante líder político de seu povo, contribuindo em grande medida
para que os kamaiurá mantivessem sua integridade cultural. Atualmente, eles são
um povo com cerca de 500 pessoas.
Fonte: G1
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