Técnicos da Prefeitura abrem valas nos terrenos para que a
água chegue até as chamas.
Moradores dos bairros Mariléia e Âncora, em Rio das Ostras,
continuam sofrendo com o forte cheiro e a fumaça provocados, segundo a
Prefeitura da cidade, por um fenômeno natural de altas temperaturas que
contribuem com incêndio no subsolo em dois pontos da cidade: no bairro Âncora e
também Fazenda, no bairro Cantagalo.
As chamas brotam no subsolo, fenômeno chamado de turfa, que
é formado por material de origem vegetal em decomposição, e geralmente é
encontrado em regiões pantanosas. A falta de chuva que atinge o município
dificulta o controle do incêndio.
"Nós tivemos uma chuva de 19 milímetros durante o
carnaval e precisamos de uma chuva aqui de pelo menos cem milímetros, para
encharcar esse tipo de solo", explicou Ezequiel Moraes, engenheiro
florestal da Secretaria de Ambiente de Rio das Ostras.
Mais de 10 hectares estão sendo consumidos pelo fogo. A
fumaça e o mau cheiro são percebidos pela manhã e também durante a noite,
quando a situação se agrava. O fogo surge a cerca de 50 centímetros de
profundidade do solo. Para resolver o problema, técnicos da Prefeitura abrem
valas nos terrenos para que a água chegue até as chamas.
"Moro em Rio das Ostras há oito anos e nunca vi uma
situação como essa. O ponto crítico é sempre por volta das 20h, quando a fumaça
é densa com cheiro forte e atinge grande parte da cidade. Essa fumaça está
causando irritação nos olhos, tosse, e problemas respiratórios. Não podemos ter
nossa saúde prejudicada por pessoas irresponsáveis com o meio ambiente e com a
sociedade", criticou a moradora Rita de Cássia Pereira.
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