Capturas não ocorrem com
objetivo de pesquisa científica, diz juiz.
Japão alega que caça do animal é tradição ancestral.
O Japão deve interromper a caça das baleias
no Oceano Antártico, ordenou nesta segunda-feira (31) a Corte Internacional de
Justiça (CIJ), ao considerar que Tóquio realiza uma atividade comercial sob a
fachada de uma ação científica.
"O Japão deve revogar todas as
permissões, autorizações e licenças concedidas dentro do (programa de
pesquisas] Jarpa II e abster-se de conceder qualquer nova permissão dentro
deste programa", declarou o juiz Peter Tomka durante uma audiência no
Palácio da Paz de Haia.
Segundo o juiz, as permissões especiais de
captura 'não são concedidas com objetivos de pesquisa científica'. Desta maneira, a CIJ dá razão à Austrália. O governo australiano recorreu à CIJ em
2010, alegando que o Japão praticava a caça da baleia com objetivos comerciais,
sob o pretexto de um programa de pesquisa científica. Tomka mencionou a 'falta de transparência'
do sistema de cotas do Japão, que segundo ele 'não é razoável''.
"A concepção do programa tem relação
com considerações financeiras, mais do que critérios puramente
científicos", destacou.
O Japão, que alega que a caça da baleia é
uma tradição ancestral, afirma que suas atividades são científicas, mas não
esconde que a carne dos cetáceos capturados depois termina nos mercados do
país.
De acordo com o governo australiano, o Japão
capturou mais de 10.000 exemplares entre 1987 e 2009.
Fonte: G1
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