Prefeitura anunciou suspensão do projeto que custou R$ 15
milhões.
VLT seria uma medida para melhorar a mobilidade urbana.
O anúncio da suspensão do projeto de Veículo Leve Sobre
Trilhos (VLT) feito na semana passada pela prefeitura de Macaé, pode causar
transtornos para o trânsito da cidade que atualmente conta com um veículo para
cada dois habitantes. Para os especialistas, o transporte coletivo seria uma
boa solução para evitar os grandes congestionamentos. Os moradores reclamam das
filas e dos ônibus lotados no município.
Segundo a concessionária Sit, responsável pelo transporte de
quase 100 mil passageiros, existem 300 ônibus em circulação na cidade, que
juntos somam 8 mil quilômetros rodados pelos bairros. A tendência é que a
situação piore com o crescimento do município e a falta de estrutura física,
que não deve comportar a quantidade de veículos.
O VLT custou R$ 15 milhões aos cofres públicos. O projeto
está parado há mais de um ano e meio e ainda não há data prevista para começar
a funcionar. Segundo a prefeitura de Macaé, técnicos da Secretaria de
Transportes fizeram auditoria no projeto. No relatório apresentado à imprensa
consta problemas como falta de adequação do leito da ferrovia, construção de
estações de embarque e sinalização nos cruzamentos.
Segundo o prefeito Dr. Aluízio, o contrato com a empresa
vencedora da licitação foi cancelado. O acordo com o Ministério das Cidades vai
precisar ser refeito, sendo uma das alternativas o repasse de duas composições
do VLT para o governo do estado, que devolveria os R$ 15 milhões à prefeitura
de Macaé para investir em projetos de mobilidade urbana.
A segunda opção é manter os veículos parados até um novo
projeto ser elaborado e licitado. Até que tudo seja resolvido, a manutenção com
os vagões que estão sem funcionar geram gastos de R$ 20 mil por mês ao
município.
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