Secretaria de Educação está cortando ponto dos professores desde dia 26.
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (8), no
Clube Municipal, na Tijuca, na Zona Norte, os professores da rede estadual de
ensino público do Rio de Janeiro decidiram continuar a greve que completa dois
meses. A paralisação foi iniciada no dia 8 de agosto.
Também nesta terça, representantes de conselhos dos
profissionais da educação se reuniram com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, para
conversar sobre a greve dos professores e funcionários da rede municipal,
iniciada em 8 de agosto. Após o debate, Paes confirmou o corte de ponto dos
grevistas, que será feito de forma retroativa desde o dia 3 de setembro e pediu
menos radicalismo aos líderes da categoria. O Sindicato estadual dos
Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) não foi convidado para a reunião.
Um dos diretores do Sepe, Gualberto Tinoco informou que a
permanência da greve foi decidida através de votação com os cerca de 2.500
presentes na assembleia. "Foi um placar apertado. Cerca de 60% optou pela
continuidade", diz Tinoco, acrescentando que uma nova assembleia foi
marcada para o dia 16, onde serão decididos os rumos do movimento.
Tinoco calcula que atualmente 30% da categoria está em
greve. Segundo o coordenador, o número representa cerca de 20 mil professores
fora das salas de aula. No dia 15 de outubro, quando é comemorado o dia dos
professores, a classe pretende fazer uma grande manifestação até o Palácio
Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul. O objetivo do ato, segundo Tinoco, é
abrir um canal de diálogo com o governador Sergio Cabral para solucionar o impasse
que já dura 60 dias.
Corte de ponto
De acordo com a Secretaria estadual de Educação (Seeduc),
desde o dia 26 de setembro está sendo efetuando o corte do ponto dos servidores
que não comparecem ao trabalho após decisão do Órgão Especial do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro que manteve decisão favorável à Seeduc quanto à
ilegalidade da greve.
Segundo a pasta, quem não retornar ao trabalho após dez dias
consecutivos responderá a processo administrativo disciplinar. Esse prazo se
esgotou na segunda-feira (7). A secretaria aguarda relatório da direção das
escolas com o levantamento dos professores faltosos.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe)
também está sendo multado em R$ 300 mil por dia por descumprimento de decisão
judicial que determinou a suspensão do movimento. Segundo a Seeduc, a multa
começou a ser aplicada também no dia 26.
De acordo com a Secretaria estadual de Educação, nesta
terça-feira (8), 522 servidores faltaram ao trabalho.
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