Polícia do RJ faz novas buscas ao corpo de Amarildo na Rocinha | Rio das Ostras Jornal

Polícia do RJ faz novas buscas ao corpo de Amarildo na Rocinha

Policiais da DH terão apoio dos bombeiros e de cães farejadores.
Amarildo de Souza desapareceu no dia 14 de julho.

Agentes da Divisão de Homicídios (DH) vão fazer na manhã desta sexta-feira (11) novas buscas na Rocinha, Zona Sul do Rio, pelo corpo do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza.  A operação será realizada em toda comunidade, principalmente no Parque Ecológico, onde há um reservatório. Os policiais da DH terão o apoio dos bombeiros e de cães farejadores. Amarildo desapareceu no dia 14 de julho.

Como mostrou o Bom Dia Rio, esta é a terceira busca pelo corpo de Amarildo, duas foram feitas na Rocinha e uma no aterro sanitário de Seropédica, na Baixada Fluminense.
Detalhes do inquérito

A DH deu detalhes, na sexta-feira (4), sobre o inquérito que indiciou e pediu a prisão de dez PMs no caso do desaparecimento de Amarildo. Segundo ele, durante a abordagem dos policiais no bar da Rocinha, onde o ajudante de pedreiro foi visto pela última vez antes de entrar no carro rumo à UPP, um dos PMs teria dito: "Boi, perdeu, chegou a sua hora".

"Boi" era o apelido de Amarildo e a frase teria sido dita por Douglas Roberto Vital Machado, um dos 10 PM presos — todos já se apresentaram após a prisão preventiva decretada —, e um telefonema de um informante, segundo a delegada Ellen Souto, presidente do inquérito. Depois da abordagem, ele entrou no carro da PM e não foi mais encontrado. Após mais de dois meses, seu corpo também não foi achado. Oito necrópsias já foram realizadas, em todo o estado, para verificar se cadáveres eram dele. Uma nova operação será realizada, a partir de segunda (7), para achar os restos mortais de Amarildo.

"Nós comprovamos o motivo pelo qual que ele [Amarildo] seria levado à sede da UPP. Seria para fornecer informações sobre drogas e armas, principalmente armas, já que havia a informação de que ele teria a chave do paiol de armas", explicou a delegada Ellen Souto, presidente do inquérito.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, Amarildo morreu após ser submetido a uma sessão de tortura. A delegada revela ainda que foram ouvidas 22 vítimas da violência de policiais da UPP Rocinha. De acordo com Ellen, os depoimentos narram com detalhes o modus operandi da tropa do major Edson. "Eles relatam que as torturas sofridas foram sempre com o objetivo de informações de drogas e armas. Todos contaram que foram submetidos a choques elétricos com o corpo molhado e ingeriram cera líquida."
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